segunda-feira, agosto 25, 2025

Policial e caseiro vão ao Tribunal do Júri pela morte de Renato Nery | RDNEWS

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Da esquerda para a direita: o PM Heron Teixeira Pena Vieira e o caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva

O 3º sargento da Força Tática, Heron Teixeira Pena Vieira e o caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva, vão ao Tribunal do Júri pela execução do advogado Renato Gomes Nery, ocorrida em julho do ano passado. A decisão é do juiz Francisco Ney Gaíva, da 14ª Vara Criminal de Cuiabá, proferida na sexta-feira (22).

Segundo a denúncia do Ministério Público, de maio deste ano, que embasou a decisão, o homicídio foi praticado no contexto de uma disputa judicial envolvendo mais de doze mil hectares de terras em Novo São Joaquim (a 485 km de Cuiabá). A vítima havia obtido uma vitória judicial significativa, resultando em perdas financeiras para as partes adversas.

Além disso, havia apresentado uma queixa ética contra outros advogados, acusando-os de operar um “escritório do crime” com suposta participação de um membro do Judiciário.

Heron teria agido como intermediário, organizando a logística do crime e o pagamento. Segundo o MPE, ele conseguiu a arma de fogo usada no homicídio e foi quem repassou a arma para Alex, que pilotou a motocicleta Honda Fan até o local do crime e efetuou os disparos que atingiram o advogado.

O próprio caseiro confessou isso ao escrivão responsável pelo caso. “Dessa forma, a combinação da confissão judicial com os depoimentos testemunhais e as provas técnicas produzidas na investigação policial constitui um conjunto de indícios mais do que suficiente para submetê-lo a julgamento pelo Tribunal do Júri”, frisa o magistrado.

A dupla foi pronunciada e irá ao Tribunal do Júri pelo homicídio de Nery. Enquanto o julgamento não é marcado, os dois seguem presos preventivamente.

Caso

Renato Nery morreu aos 72 anos atingido por disparos de arma de fogo no dia 5 de julho do ano passado, na porta de seu escritório, na Capital. O advogado foi socorrido e submetido a uma cirurgia em um hospital privado de Cuiabá, porém não resistiu e morreu horas após o procedimento médico.

Desde a ocorrência do homicídio, a DHPP realizou inúmeras diligências investigativas, com levantamentos técnicos e periciais, a fim de esclarecer a execução do profissional. As investigações da DHPP apontam a disputa de terra como a motivação para o homicídio do ex-presidente da OAB-MT.

FONTE: RDNEWS

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