A deputada estadual Janaina Riva (MDB) relatou que há pedidos para retirada de assinatura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai apurar os índices de feminicídio no estado de Mato Grosso, contudo, não há confirmação oficial de quem seriam os deputados que desistiram de apoiar a proposta de Edna Sampaio (PT). Nos bastidores, a informação é de que deputados da base do Governo estariam sofrendo pressão para a retirada das assinaturas – nenhuma CPI contra a gestão do governador Mauro Mendes (União Brasil) avança.
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Para Janaina, quem recuar, será cobrado pela sociedade, diante da alta taxa de feminicídio no estado. Em entrevista nesta terça-feira (26), Janaina expôs que ficou espantada com a rapidez com que Edna conseguiu as 13 assinaturas para apurar um tema tão importante, demonstrando que os deputados, inicialmente, compreenderam a necessidade. No entanto, essa possível mudança de postura soa como influência externa.
“O que você vê é que se dependesse da vontade exclusiva dos deputados, nós teríamos CPI. Agora, eu não sei qual é essa pressão tão grande e qual o fundamento dela para que eles retirem as assinaturas. E eu tenho certeza que a sociedade vai cobrar também deles, aqueles que retirarem a assinatura, do porquê fizeram isso. Porque se assinaram é por entenderem que o problema realmente é grave”, manifestou.
A proposta quer apurar a atuação do Poder Público e a aplicação de recursos voltados à proteção das mulheres. Segundo Janaina, em 2024, foram alocados somente R$ 500 mil, que sequer foram utilizados totalmente, e posteriormente, o orçamento foi remanejado para outra pasta. Ou seja, sustenta que o Governo tem não tem atuado na prevenção, mas dado “auxílio” somente no pós-violência.
Ela destacou ainda que se houver o enfraquecimento da pauta com a perda de assinaturas que inviabilizem a CPI, outras soluções devem ser costuradas, como a criação de uma frente parlamentar ou um grupo de trabalho, embora compreenda que a Comissão daria mais celeridade ao processo de apuração, onde há a obrigação de entrega de documentos, relatórios e convocações – atos que demoram mais tempo se tiver que passar por análise dentro do plenário com requerimentos individuais.
Além de Edna, autora da proposta, o documento é assinado pelos deputados Wilson Santos (PSD), Dr. João (MDB), Janaina Riva (MDB), Thiago Silva (MDB), Lúdio Cabral (PT), Faissal Kalil (Cidadania), Eduardo Botelho (União Brasil), Elizeu Nascimento (PL) e Sheila Klener (PSDB). Outros três deputados, não identificados, também assinaram o documento – veja abaixo.
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FONTE: RDNEWS
