Em alusão ao Agosto Dourado, mês dedicado à promoção do aleitamento materno no país, o Hospital e Maternidade Femina, referência em atendimento materno e infantil em Mato Grosso, reforça a conscientização sobre os inúmeros benefícios do leite materno para o recém-nascido.
As ações tiveram início no dia 19 de agosto, com palestras e rodas de conversa conduzidas por especialistas em saúde e amamentação para mães de bebês internados, visitantes e demais interessados, e seguem até o fim do mês. A campanha destaca tanto o papel do aleitamento no desenvolvimento saudável do bebê quanto a importância da doação para recém-nascidos internados na UTI Neonatal.
Assessoria/Femina
A médica Fernannda Pigatto Vilela, pediatra, neonatologista e diretora clínica da Femina, ressalta que a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 45% das puérperas conseguem manter o aleitamento materno até os seis meses de vida do bebê.
Segundo ela, campanhas como a promovida pela Femina, encabeçadas pelo Ministério da Saúde buscam estimular cada vez mais mulheres a prolongarem esse período de amamentação. “Queremos atingir nos próximos anos uma meta de 50%. Em 2030, queremos chegar a 70% da população amamentando pelo menos até o 6º mês de vida”, afirmou.
A médica ressalta ainda que o leite materno é um alimento insubstituível, com benefícios que vão além da nutrição. “Ele previne até 13% das mortes evitáveis nos primeiros meses de vida”, destacou.
E explicou: “O leite materno é considerado um alimento completo, que garante todas as necessidades nutricionais do bebê para que ele tenha um desenvolvimento neurológico, cognitivo e imunológico adequado. Todos os órgãos e sistemas estão em pleno desenvolvimento e ainda são muito imaturos. A amamentação garante que a criança tenha, a longo prazo, boa saúde e seja vigorosa”, reforçou Fernannda.
A especialista também enfatiza que a campanha Agosto Dourado contribui para derrubar mitos relacionados à amamentação. “Algumas vezes, por morar em regiões mais quentes, como Cuiabá, as pessoas incentivam a dar água ao bebê, mas isso é um mito. O aleitamento materno exclusivo significa que o bebê não recebe nada além do leite materno. Ele é suficiente para suprir as necessidades nutricionais e também para matar a sede do bebê”, reforçou.
Vínculo, saúde e proteção desde o nascimento
O contato pele a pele logo após o parto é outro ponto fundamental incentivado durante a campanha. A prática estimula a liberação de ocitocina — hormônio essencial para a descida do leite — e fortalece o vínculo afetivo entre mãe e bebê. Estudos mostram que esse contato inicial, recomendado inclusive para partos cesáreos e prematuros clinicamente estáveis, facilita o reconhecimento do seio pela criança e promove uma amamentação mais eficiente.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida é essencial e deve ser mantido, de forma complementar, até os dois anos ou mais.
O leite materno contém nutrientes e anticorpos que ajudam a prevenir doenças, melhora a resposta imunológica, potencializa o efeito das vacinas e contribui para o desenvolvimento cerebral. Além disso, age como analgésico natural, graças à presença de beta-endorfina.
Mesmo em casos de dificuldades, como adoção, internações ou problemas no início da amamentação, há estratégias de indução e apoio profissional que tornam possível iniciar ou manter o aleitamento.
Incentivo à doação de leite humano
Durante o Agosto Dourado, a Femina também enfatiza a importância da doação de leite materno, fundamental para salvar a vida de bebês prematuros e de baixo peso internados na UTI Neonatal. Para isso, o hospital conta com uma sala de coleta equipada e uma equipe de enfermeiras especializadas, que oferecem suporte às mães doadoras, esclarecendo dúvidas e orientando sobre o processo de extração, armazenamento e doação segura.
As interessadas em doar leite podem podem buscar mais informações pelo telefone (65) 2128-9199.
FONTE: RDNEWS