Max Russi avalia que CPI naufragou por falta de habilidade política de petista | RDNEWS

 O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Max Russi (PSB), avalia que a CPI do Feminicídio naufragou por inexperiência e falta de habilidade  política da deputada estadual Edna Sampaio (PT). A petista é autora da proposta, que conta com apoio das deputadas estaduais Janaina Riva (MDB) e Sheila Klener (PSDB).

Ocorre que Edna Sampaio acabou fechando acordo com o Palácio Paiaguás para que, ao invés de CPI, seja instalada uma comissão especial para tratar do assunto. No entanto, o chefe da Casa Civil, Fabio Garcia (União Brasil), nega pressão ou interferência do Executivo em assuntos internos da ALMT apesar da retirada da assinatura dos integrantes da base governista.

Rodinei CrescêncioRdnews

Até a última terça-feira (26), a proposta contava com 11 assinaturas, depois o número subiu para 13. No entanto, na manhã dessa quarta-feira (27), quando seria definida sua instauração, 6 deputados pediram para retirar apoio a abertura CPI. Com isso, restaram somente 7 quando o mínimo exigido pelo Regimento da ALMT são 8.

 “Sinceramente, eu acho que faltou habilidade e experiência para ela [Edna Sampaio]. Eu, particularmente, se eu proponho uma CPI, eu não vou me reunir com o governo. Se quero investigar, eu quero. Quando você se propõe a reunir, vai ter retirada de assinaturas. Então, você tem que ir fazer o enfrentamento”, disse Max Russi, nesta quinta-feira (28), ao chegar no Fórum de Sustentabilidade e Desenvolvimento Econômico, promovido pelo Lide Mato Grosso em parceria com ALMT, que reúne políticos e empresários para debater temas ligados à economia verde e aos desafios da transição energética, em Cuiabá. 

Max Russi também criticou os parlamentares que retiraram assinaturas. Segundo ele, a postura demonstra falta de convicção política.

“Quem que assinou, por que que assinou? Eu acho muito errado, eu evito assinar qualquer encaminhamento sem ter convicção que eu vou até o final. Se você assinar e depois você recuar de uma assinatura, particularmente, eu acho muito ruim enquanto parlamentar”, completou.

Além disso, Max Russi afirmou que o requerimento para CPI do Feminicídio apresentava diversas falhas. Segundo ele, o embasamento não estava correto.

“Faltou traquejo e experiência. Agora, além das assinaturas, o embasamento da CPI não está correto. Aquele protocolo, eu encaminhei para a minha procuradoria e veio cheio de falhas também”, concluiu o presidente da ALMT.

Proposta na semana passada, a CPI tinha como objetivo apurar a eficácia dos mecanismos de combate à violência contra a mulher e as causas do alto índice de feminicídios em Mato Grosso. Além disso, pretendia averiguar o orçamento destinado para este fim e buscar soluções para inibir que mais mulheres sejam mortas.  

Mato Grosso é campeão em matar mulheres pelo segundo ano consecutivo. Em 2025, já foram 37 casos.

Max Russi ainda garantiu que, se nas próximas semanas, o requerimento alcançar as assinaturas necessárias, não terá dificuldade em instaurar a CPI. Neste sentido, lembra que se trata de instrumento válido e legítimo de atuação parlamentar.

FONTE: RDNEWS

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