Rodinei Crescêncio/Rdnews
Ex-presidente da Aprosoja Brasil e pré-candidato ao Senado, Antônio Galvan (DC) é contra aplicar uma “anistia moderada” e defende que ela precisa ser ampla e irrestrita para corrigir os exageros das penas aplicadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra os envolvidos aos ataques aos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.
“Se não for ampla, geral e restrita, que não saia nada. E continue com essa bronca aí. Esse negócio de você fazer ou querer alegar agora, faz a redução de pena, de coisa aí solta, vai todo mundo embora? De forma nenhuma, de forma nenhuma”, dispara, durante visita ao site
Para ele, em algum momento, haverá um levante popular contra tudo que está acontecendo no país, com incertezas econômicas, desemprego e prejuízos aos empresários. “Eles sabem que isso aqui vai implodir. Mais dia, menos dia, vai implodir”.
Após a Câmara Federal aprovar nesta semana a urgência para debater o PL da Anistia, começou um movimento para frear o texto e evitar um confronto direto com o STF, que já avisou que anistiar condenados é uma medida inconstitucional e que não irá prosperar.
Relator da proposta, o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP), rebatizou o projeto como PL da Dosimetria e garante que a ideia é reduzir penas, mas não entrar em choque com o Supremo. Sinalização desagrada bolsonaristas que gostariam de anistiar o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) para evitar eventual prisão e até mesmo conseguir que ele dispute as eleições de 2026 – o que atualmente é pouco provável.
Bolsonarista raiz, Galvan reclama que não houve crimes na proporção das condenações porque ocorreram apenas depredações. Ele também rechaça a tese de tentativa de golpe. “De forma e maneira nenhuma [teve golpe]. Com batom, sem nenhum canivete junto! Todo mundo sabe que aquilo foi uma montagem”, dispara. Apesar disso, ele reconhece que existiram alguns vândalos – como o homem que aparece quebrando janelas e relógio – precisam ser punidos “na dose certa” da lei.
“A questão da anistia, primeiro, não teria que nem usar a palavra anistia porque não houve crime [tentativa de golpe de Estado], mas foram condenados por um crime que não houve e foi criado, e a palavra anistia que se encaixa dentro dessa situação. Ou tem que ser pra todos ou é pra ninguém. Não tem jeito de ser diferente”, finaliza.
FONTE: RDNEWS