PM diz que matou personal após “ação judicial fugir do controle”

O soldado da Polícia Militar Raylton Duarte Mourão, preso no domingo (21), em Cuiabá, pelo assassinato da personal trainer Rozeli da Costa Sousa Nunes, disse que decidiu matar a vítima porque “perdeu o controle da situação em uma ação judicial”. 

 

A informação foi apurada pelo MidiaNews após a oitiva dele na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa, na segunda-feira (21). Na ocasião, o PM confessou ter sido o atirador e negou participação da esposa dele, Aline Valandro Kounz. A mulher continua foragida.

 

Segundo uma fonte da Polícia Civil ouvida pela reportagem, ao ser questionado sobre a motivação, Raylton disse que “ficou atormentado para matar” porque não “conseguia mais controlar” o desenrolar de uma ação judicial que Rozeli tinha protocolado contra ele. Ela pedia R$ 24 mil de indenização.

 

O processo foi motivado por um acidente de trânsito ocorrido no dia 25 de março, na Avenida Filinto Müller, e envolveu um caminhão-pipa da empresa Reizinho Água Potável – que atuava na ilegalidade e era de propriedade de Raylton e da esposa -, o veículo da vítima, e um terceiro.

 

Rozeli teve prejuízo material de cerca de R$ 9,6 mil, de acordo com a ação, e além do pagamento desse gasto, pedia também R$ 15 mil por danos morais. O caso ainda não havia sido analisada pela Justiça e a defesa desistiu da ação após ela ser morta.

 

O crime

 

Rozeli, que tinha 33 anos, foi atingida por disparos de arma de fogo dentro de seu carro, um Renault Sandero, na manhã do dia 11 de setembro, na rua de casa, no bairro Cohab Canelas, em Várzea Grande.

 

Câmeras de segurança registraram a execução, que ocorreu por volta das 6h20, quando dois homens em uma motocicleta preta se aproximaram do veículo de Rozeli, que seguia para uma academia na avenida Filinto Müller, e efetuaram cerca de quatro tiros contra o veículo da vítima. Após o crime, os motociclistas fugiram, e o condutor ainda não foi localizado.

 

O casal foi alvo da Operação Moeda de Sangue, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, no sábado (13), na qual foram cumpridos mandados de busca e apreensão. Eles não foram localizados na residência, mas não são considerados foragidos. 

 

O caso é investigado pela DHPP.

 

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FONTE: MIDIA NEWS

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