Paciente com meningite bacteriana aguarda vaga há 8 dias; especialistas alertam para gravidade da doença e necessidade de isolamento imediat
A família de Edesio Ribeiro de Amorim, 45 anos, vive uma situação desesperadora em Cuiabá (MT). Mesmo após conseguir duas liminares judiciais que determinam a transferência imediata para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o paciente segue entubado na UPA do bairro Leblon aguardando vaga há oito dias.
Segundo os familiares, Edesio foi diagnosticado com meningite bacteriana, uma doença grave, potencialmente letal e de rápida evolução. Ele precisa com urgência de um leito de UTI com isolamento, mas até agora as decisões judiciais não foram cumpridas pelo poder público. “Já não sabemos mais a quem recorrer. Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance, até cota entre familiares para pagar procedimentos, mas não temos condições de custear uma UTI particular. É desesperador”, disse a esposa em entrevista ao repórter Sérginho Lapada.

A família informou que está entrando com uma terceira liminar para tentar garantir o atendimento adequado. “Infelizmente parece que essas decisões não significam nada diante do que estamos vivendo. Nosso ente querido está lutando pela vida e nos sentimos de mãos atadas”, desabafou a família, emocionada.
O que é meningite bacteriana?
A meningite bacteriana é uma inflamação das meninges (membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal) causada por bactérias como Neisseria meningitidis, Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae. É considerada uma doença grave e de notificação compulsória, com alto risco de sequelas neurológicas e morte se não tratada de forma imediata.
Os sintomas iniciais incluem:
- Febre alta
- Dor de cabeça intensa
- Rigidez na nuca
- Náuseas e vômitos
- Sensibilidade à luz
- Alterações de consciência
Necessidade de isolamento e tratamento
De acordo com especialistas, o tratamento da meningite bacteriana deve ser iniciado o quanto antes, geralmente com antibióticos intravenosos e suporte intensivo. Pacientes com quadros graves, como o de Edesio, necessitam de UTI e isolamento respiratório para evitar a disseminação da doença para outras pessoas.
O isolamento é recomendado até 24 horas após o início do antibiótico adequado. Apenas após esse período o risco de transmissão cai significativamente. O Ministério da Saúde orienta que familiares e pessoas próximas recebam quimioprofilaxia (antibiótico preventivo) para reduzir o risco de contágio.
Família pede socorro
Enquanto Edesio luta pela vida, seus familiares fazem um apelo público por ajuda: “Estamos cansados. É uma tortura ver um ente querido nessa situação e não conseguir uma resposta. Queremos apenas o cumprimento da lei e o direito à saúde garantido pela Constituição”, relatou um dos familiares.
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FONTE: Lapada Lapada