terça-feira, setembro 30, 2025

MPE arquiva investigação contra Maysa; denúncia partiu de Cattani

O Ministério Público Estadual (MPE) arquivou a investigação preliminar (notícia de fato) contra a conduta da vereadora de Cuiabá, Maysa Leão (Republicanos), durante audiência pública em que uma adolescente de 16 anos relatou ter sido vítima de abuso sexual.

 

Arquive-se esta Notícia de Fato, com a ressalva de que, caso sobrevenham novos fatos, não há impedimento para instauração de nova demanda

A decisão é do promotor Paulo Henrique Amaral Motta, assinada no último dia 23 de setembro. Segundo a vereadora, o pedido de investigação partiu do deputado estadual Gilberto Cattani (PL). 

 

Na decisão, o promotor Motta afirmou que o arquivamento ocorreu por ausência de justa causa para a instauração de procedimento administrativo ou para o ajuizamento de medida no âmbito da Justiça da Infância e Juventude.

 

Segundo ele, não há nos autos qualquer indício de que a adolescente esteja atualmente exposta a situação de risco, e a identidade da menor está preservada, já que o depoimento não circula nas mídias sociais.

 

“Uma vez que não há qualquer notícia de que a adolescente esteja exposta atualmente a uma situação de risco, por ausência de justa causa para instauração de procedimento administrativo ou ajuizamento de medida no âmbito da Justiça da Infância e Juventude, arquive-se esta Notícia de Fato, com a ressalva de que, caso surjam novos fatos, não há impedimento para a instauração de nova demanda”, diz trecho da decisão.

 

Conforme a assessoria de imprensa do MPE, apesar do arquivamento, houve a remessa de cópias para apuração de eventual responsabilidade criminal e prática de ato de improbidade administrativa.

 

Cattani possui histórico de embates com a vereadora e, após o episódio da audiência pública, anunciou que acionaria o MPE.

 

O episódio

 

A audiência, realizada no dia 20 de agosto, debateu a violência sexual contra mulheres e crianças e foi transmitida pelo YouTube. Na ocasião, uma menor de 16 anos fez uma fala na tribuna, que foi trasmitida ao vivo no canal do YouTube da Câmara – o que poderia ferir normas definidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que garante o sigilo e a preservação da identidade das vítimas de abuso.

 

Após a polêmica, a transmissão foi retirada e não está mais disponível no canal. Na época, Maysa afirmou que a menor não foi convidada para falar, e sim se inscreveu por vontade própria, além de ter autorização dos responsáveis.

 

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FONTE: MIDIA NEWS

comando

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