Durante a coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (01), o delegado Bruno Abreu, responsável pelo caso do policial militar Raylton Mourão – preso suspeito de matar a personal trainer Rozeli da Costa Sousa Nunes, de 33 anos – descartou o envolvimento dos pais do PM, alvos de três mandados de busca e apreensão no início da semana, com o crime.
Rodinei Crescêncio/Rdnews
O delegado explica ainda que o Código Penal exclui a punibilidade para o crime de favorecimento pessoal, quando alguém esconde um foragido da justiça para que ele não seja capturado ou punido, no caso de descendentes ou ascendentes: pais, filhos, maridos, esposas etc.
“Não tem como o legislador exigir de uma família que ela entregue o marido, popularmente falando. A própria lei isenta o pai, a mãe, os parentes de pena. Em relação à fuga, ela [Aline, esposa de Raylton] está isenta de pena; quanto ao homicídio, não tem nenhum elemento de participação dela, pode ter sido convivência, mas a legislação não pune a convivência, ela pune a participação e a autoria”, pontua o delegado.
Os três mandados de busca e apreensão contra os pais do PM foram cumpridos, na segunda-feira (29), em uma mecânica, uma residência e uma propriedade rural, todos situados na cidade de Rosário Oeste (105 km de Cuiabá) e com alguma ligação a um amigo do policial militar que confessou ser o autor dos disparos de arma de fogo que mataram Rozeli. A confissão do militar ocorreu em interrogatório realizado pela Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) no último dia 22.
Na operação, foram apreendidos uma picape Montana e moto Tornado, além de aparelhos celulares. De acordo com o delegado da DHPP, Caio Albuquerque, não se trata da moto que foi usada no dia do crime, mas sim a que teria sido utilizada dias antes para monitorar a vítima.
FONTE: RDNEWS
