O deputado estadual Wilson Santos (PSD) se esquivou de comentar declarações do prefeito Abilio Brunini (PL) sobre a situação da invasão de lotes na região do Contorno Leste em Cuiabá e projetou que o tema deve ter uma solução em breve, sem a necessidade de desocupação voluntária ou mais enérgica com o uso da força policial. Atualmente, as famílias precisam deixar a área até 27 de outubro de maneira voluntária, entrentanto, parlamentar alega a data não representa risco aos moradores.
Em entrevista nesta quarta-feira (1), Wilson rejeitou comentar a declaração do prefeito, de que retiraria da lista de possíveis contemplados os moradores que fizessem protestos com queima de pneus. Na visão do deputado, sustenta que tem tido diálogo fácil com Abilio. “Caminhando para que haja uma solução em paz”, disse.
Rodinei CrescêncioRdnews
“Eu estou muito esperançoso de que nós chegaremos a um denominador comum, a paz vai reinar, não vai haver necessidade de despejo, e eu espero garantir os recursos para que o prefeito faça a desapropriação daquela área de 139 hectares, onde cabem 4.100 famílias em lotes de 200 metros quadrados”, projetou.
O deputado sinalizou que cerca de 2,5 mil famílias estão instaladas no local e defendeu que a Prefeitura de Cuiabá realize um novo censo na região, definindo os seus próprios critérios de seleção para que as famílias sigam no local. A ideia de Wilson é desapropriar o lote dos atuais donos e indeniza-los de maneira justa, assim, os invasores poderiam “herdar” os loteamentos a serem feitos pelo município.
“Na nossa opinião, já estão ali, já conhecem, já frequentam as escolas, creches da região. Eu defendo que o cadastro feito pelo Estado seja deixado de lado e que a prefeitura, não o Estado, que a Prefeitura faça um novo estudo, uma nova seleção […] A prefeitura tem quadros técnicos, tem competência, tem expertise e experiência para ela fazer a seleção, dentro dos critérios dela”, argumentou.
Sobre o risco de confronto em uma eventual desocupação das famílias, Wilson indicou que neste primeiro momento, está programado apenas uma saída voluntária, que não resultaria em efeitos mais enérgicos – margem de tempo para aceleração das articulações. “Essa é a data para saída voluntária. A partir daí, haverá mais um período de 30 dias. Depois vai ter também deslocamento das 200 famílias. Mas eu acredito que até dia 27 de outubro deste mês, surgirá alguma novidade”, concluiu.
FONTE: RDNEWS