O presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Max Russi (PSB), expôs que a Lei Orçamentária Anual (LOA) 2026, considerada subestimada, não será devolvida ao Governo de Mato Grosso. Contudo, teve a sinalização para revisão do critério adotado para as projeções de um orçamento de R$ 40,7 billhões.
Max Russi participou de uma reunião com o governador Mauro Mendes (União Brasil) nesta quarta-feira (22). O encontro sobre a LOA 2026 foi realizado no Palácio Paiaguás.
Os parlamentares consideraram que a LOA está “tímida” e muito “zelosa” frente às necessidades do estado. Em entrevista, Max Russi destacou que o Governo não garantiu alterar o orçamento, mas se comprometeu em avaliar: “Não fechou isso [de alterar], falou que passou para os técnicos da Secretaria de Planejamento de fazenda para fazer essa análise e depois fazer uma conversa com a Assembleia”.
Mayke Toscano/Secom-MT
Um dos pontos de crítica, é quanto ao orçamento da Saúde, compreendendo que há um déficit de R$ 1 bilhão, frente aos R$ 4,2 bilhões indicados. A intenção dos deputados é ampliar o escopo orçamentário ou apresentar emendas modificativas para aprimoramento do texto, que não poderá ser devolvido, pois sua tramitação já está em andamento no Parlamento. “Nós precisamos aumentar o orçamento da saúde em virtude até dos investimentos, das inaugurações, das obras que estão andando, dos novos profissionais que terão que ser contratados. Então o orçamento não cabe dentro do gasto”, emendou.
Como saída, Max Russi comentou que os deputados poderão reduzir de 20% para 10% a permissão de remanejamento de rercusos provenientes de um possível superávit dentro do orçamento, sem a permissão do Legislativo. “Particularmente eu vou votar para diminuir, eu vou defender 10%. Agora lógico que são 24 deputados, eu sou apenas mais um. Lógico que sou o presidente, vou fazer o encaminhamento”, considerou.
Orçamento
Entre as secretarias e órgãos do Poder Executivo, a maior dotação orçamentária é da Educação, com R$ 5,80 bilhões, seguida pela MTPrev, com R$ 5,53 bilhões, e Segurança Pública, com R$ 4,38 bilhões. A Saúde terá um orçamento de R$ 4,24 bilhões e a Justiça, R$ 944,9 milhões. A Infraestrutura contará com R$ 3,43 bilhões, a Fazenda com R$ 1,11 bilhão e a Assistência Social e Cidadania com R$ 384,5 milhões.
Outras secretarias que terão orçamento expressivo são a de Agricultura Familiar (R$ 646,86 milhões), Desenvolvimento Econômico (R$ 200,9 milhões), Meio Ambiente (R$ 390,33 milhões), Planejamento e Gestão (R$ 424,90 milhões), Cultura, Esporte e Lazer (R$ 246,58 milhões), Ciência e Tecnologia (R$ 109,7 milhões), Casa Civil (R$ 126,44 milhões) e a Controladoria-Geral (R$ 122,62 milhões).
Já entre o duodécimo, a maior fatia ficará com o Poder Judiciário, estimado em R$ 3,32 bilhões, a Assembleia Legislativa com R$ 1,04 bilhão, o Ministério Público com R$ 963,9 milhões, o Tribunal de Contas com R$ 749,8 milhões e a Defensoria Pública com R$ 369,9 milhões.
FONTE: RDNEWS