Em uma reação contra o aumento na tarifa entre Cuiabá e o município de Santo Antônio do Leverger, estudantes, representados pela União Estadual dos Estudantes (UEE-MT), se manifestaram pela suspensão da medida. A entidade pede o retorno da “meia passagem” e a aprovação do passe livre intermunicipal estudantil.
O aumento aprovado no dia 6 de outubro está em vigor desde o dia 13 de outubro, passando de R$7,35 para R$8,00. Como alegou a entidade estudantil, esse aumento, somado à recente suspensão da cobertura de 50% da passagem estudantil, representa ameaça à permanência dos estudantes que vêm para a capital.
Reprodução
A aprovação da medida foi feita pela Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Estado de Mato Grosso (Ager-MT), após 4 anos sem nenhum reajuste. Conforme argumento da Ager-MT, o aumento segue critérios técnicos e visa garantir eficiência e segurança no serviço.
De acordo com a própria Agência, cerca de 1.500 passageiros utilizam o transporte intermunicipal diariamente. O trajeto entre a capital e o município tem duração de cerca de 1h30. Entre as queixas dos usuários estão desde a superlotação, fazendo com que várias pessoas fiquem o percurso todo em pé e o calor devido a falta de ar-condicionadores que funcionem nos veículos.
Aumento abusivo
“O aumento absurdo da passagem entre Cuiabá e Santo Antônio é mais um golpe no bolso da população trabalhadora e dos estudantes que lutam todos os dias para conquistar seu diploma”, afirmou a UEE, em postagem no Instagram.
Em coro ao protesto, a Associação dos Usuários de Transporte Coletivo de Mato Grosso (ASSUT-MT) também aderiu ao movimento estudantil e adicionou mais uma pauta: a passagem gratuita não só para estudantes como para pessoas com deficiência (PCD). Atualmente a passagem intermunicipal é gratuita somente para idosos, aposentados e pensionistas.
A reivindicação pode colher uma vitória, já que o deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil) apresentou em outubro um projeto que visa conceder a cobertura de 50% das passagens para estudantes e PCDs.
FONTE: RDNEWS
