A despedida de William Bonner da bancada do Jornal Nacional aconteceu nesta sexta-feira (31/10), marcando o fim de quase três décadas do jornalista à frente do telejornal.
Reprodução/TV Globo
Em sua fala, William Bonner afirmou que, como havia sido anunciado há dois meses, já se preparava há cinco anos para a despedida da bancada do Jornal Nacional. Segundo ele, após esse período de transição, chega ao fim sua trajetória à frente do telejornal.
Bonner voltou a explicar o motivo da saída do principal jornalístico da Globo, destacando o desejo de ter mais tempo para lazer e para a família. Ele acrescentou que, em comum acordo com a emissora, passará a integrar o Globo Repórter, onde terá uma rotina mais flexível devido ao formato semanal do programa.
Passou o bastão
Logo após o anúncio, Bonner e Renata Vasconcellos se levantaram e foram receber César Tralli, que assume a bancada a partir da próxima segunda-feira (3/11).
O novo âncora foi recebido com aplausos e, em seguida, os três se sentaram juntos para um bate-papo. Nesse momento, Bonner contou que se lembrou de Cid Moreira e confessou que não conseguiu esconder o nervosismo diante da ocasião marcante para sua carreira.
Tralli também demonstrou emoção ao comentar a transição. “Estou sereno, tranquilo, a gente passou um dia tão agradável”, disse ele, relatando como foi o dia ao lado dos novos colegas de trabalho. Em seguida, completou: “Tô muito feliz de estar aqui com vocês, quero agradecer essa recepção maravilhosa”.
Além disso, o telejornal exibiu uma matéria especial destacando mais de 30 anos de carreira de César Tralli, desde reportagens até sua atuação como âncora do SPTV e do Jornal Hoje.
Ao mencionar os momentos mais marcantes de sua trajetória, Tralli destacou a cobertura do terremoto na Turquia e outras reportagens especiais realizadas no Brasil.
Último boa noite
Em seu discurso final, William Bonner afirmou se considerar um homem de “muita sorte” por ter tido parceiros excelentes ao seu lado ao longo da carreira.
Ao comentar os aprendizados adquiridos nas quase três décadas à frente do Jornal Nacional, destacou a importância do compromisso com a apuração e declarou que os apresentadores do noticiário não podem ser “ingênuos”.
O jornalista também ressaltou a necessidade de estar “vacinado” contra paixões ideológicas de qualquer lado, especialmente diante da polarização no país. “Mesmo nesse ambiente terrível, a gente não pode se contaminar, perder o foco dos fatos e da verdade”, afirmou.
Bonner ainda deixou um recado para César Tralli, que assume a bancada: “Nunca mais na sua vida você vai passar despercebido onde quer que você esteja. Bem-vindo ao JN, muito obrigado por sua presença”.
O apresentador aproveitou para convidar o público a acompanhá-lo no próximo ano no Globo Repórter, projeto ao qual se dedicará a partir de 2026.
Por fim, o veterano se despediu com seu último “boa noite” no telejornal. “Esse é meu último boa noite no Jornal Nacional. A gente se vê, muito obrigado”, disse, encerrando sua participação sob aplausos de colegas e familiares que estavam no estúdio acompanhando o momento histórico.
FONTE: RDNEWS
