Comunidade no Rio de Janeiro, uma das áreas afetadas pela operação policial mais letal da história da cidade.
O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) divulgou um vídeo que ganhou grande repercussão nacional, revelando os bastidores da megaoperação realizada nos Complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro. A ação ocorreu na última terça-feira (28) e foi considerada a mais letal da história da cidade, resultando em 121 mortes, incluindo quatro policiais.
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No vídeo, um agente do Bope explica que a ofensiva foi fruto de meses de coleta de informações e planejamento estratégico. O objetivo principal era enfraquecer o Comando Vermelho, facção criminosa que atua na região há décadas. Segundo o policial, a operação resultou na apreensão de mais de 90 fuzis e na prisão de mais de 80 integrantes do grupo. “Estamos honrando nossos colegas que tombaram. Ninguém vai nos deter”, declarou.
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O vídeo também apresenta cenas da operação em campo, com helicópteros sobrevoando as comunidades e blindados avançando pelas ruas estreitas. Em tom de homenagem, os agentes exaltam a bravura dos colegas mortos e reafirmam o compromisso com a missão de proteger a população. “Choramos nossos irmãos, mas temos a certeza de que lutamos por algo maior”, afirmou outro policial.
Foram homenageados os agentes Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, Rodrigo Velloso Cabral, Cleiton Serafim Gonçalves e Heber Carvalho da Fonseca. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, anunciou que todos receberão promoções póstumas em reconhecimento ao serviço prestado.
A operação mobilizou cerca de 2.500 agentes das polícias Civil e Militar, com suporte aéreo e terrestre, incluindo drones e veículos blindados. O principal alvo era o traficante conhecido como Doca, acusado de mais de 100 homicídios, entre eles execuções de crianças.
O balanço oficial da ação aponta para 113 suspeitos presos, sendo 33 vindos de outros estados, além de 10 menores apreendidos. Foram recolhidas 118 armas — 91 delas fuzis — e mais de uma tonelada de entorpecentes.
Os corpos das vítimas foram levados ao Instituto Médico Legal (IML), onde um esquema especial foi montado para agilizar a identificação. As investigações continuam para esclarecer a identidade de todos os mortos e as circunstâncias dos confrontos.
