Chico Ferreira
A semana começa com o anúncio de novas interdições no trânsito de Cuiabá para a implantação do Sistema BRT (Bus Rapid Transit). Desta vez, os serviços devem ter início em um dos trechos da avenida 15 de Novembro, na região do Porto, e, em seguida, no trecho próximo ao Shopping Popular, onde será executada a etapa de drenagem. Enquanto os canteiros de obras avançam, motoristas e trabalhadores da região reclamam da lentidão na conclusão de vários trechos, como o que fica entre a Praça Ipiranga e a avenida Dom Bosco, na Prainha.
No total, há pelo menos quatro frentes de trabalho em vias importantes da capital, impactando diretamente o fluxo de veículos. A equipe de A Gazeta esteve na avenida 15 de Novembro na manhã desta segunda-feira (3), mas, até por volta das 12h, não havia qualquer sinalização indicando uma nova interdição, como estava previsto. Não havia máquinas, trabalhadores ou qualquer sinal de movimentação para obras na região.
O cronograma foi divulgado pela Secretaria de Infraestrutura e Logística (Sinfra), que afirmou que nesse ponto específico estão previstas obras de drenagem e a construção de bocas de lobo entre as travessas Paiaguás e José Aníbal Bouret. A execução inclui a travessia de tubulações, o que provocará interdições parciais na avenida, uma faixa por vez. Na região, o comércio vive a expectativa de que a obra não seja iniciada nesse momento em que tantas outras vias já estão comprometidas.
Quem trabalha na região do Porto e Shopping Popular afirma que os atrasos de cronogramas das obras são o que mais preocupa, já que inúmeros trechos estão parados e cheios de congestionamentos. Entre eles, está o início dos trabalhos entre o entroncamento da Prainha com a 15 de Novembro.
“Estamos em uma situação de trânsito para todos os lados e isso é muito ruim porque impacta diretamente no cotidiano do motorista e também das empresas”, afirma o dono de um estabelecimento na avenida, Silvano Rosa, 46. “Já iniciaram ali no semáforo da Prainha com a 15 de Novembro, mas ali têm dias que não tem ninguém trabalhando e querem ir avançando sem terminar outros pontos”, afirma o gerente de uma loja na região, Geovani Lima, 39, que lembra ainda que a região é muito movimentada durante fim de ano e o início das obras no trecho, nesse momento, trará ainda mais transtornos.
FONTE: Folha Max
