Rodinei Crescêncio/Rdnews
O deputado federal Coronel Assis (União Brasil) acredita que o presidente Lula (PT) verá o que resta de sua popularidade se esfarelar até as eleições presidenciais de 2026, diante dos possíveis problemas que deverão surgir e complicar a vida do Governo Federal. Durante visita à sede do
Na área da Segurança Pública, Assis comentou que Lula “sentiu o golpe” ao tentar criticar a megaoperação realizada pelo governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro (PL) nos complexos do Alemão e da Penha, que resultou na morte de mais de 120 pessoas. Além disso, alega que as falas de minimização do impacto da atuação de traficantes também não conseguiram ser “abafadas”, mesmo com o poderio da máquina pública. “Eu aposto aqui em dois fatores [para a queda]: segurança pública e economia.”
Assis reconheceu, entretanto, que Lula ganhou fôlego com ações tomadas pelo Congresso – como ampliação de vagas e votação da PEC da Impunidade, que não avançaram – contudo, entende que o petista está fadado a cair novamente em rejeição popular.
“Claro que algumas ações que são tomadas dentro do Congresso Nacional refletem positiva e negativamente para o governo Lula. Ele deu uma melhorada na questão de sua aceitação, porque vinha numa queda exponencial, mas vai começar a cair de novo”, disse ele ao ser questionado se a PEC da Blindagem e os pedidos por interferência dos Estados Unidos no Brasil, promovidos pela oposição no Congresso — da qual o parlamentar faz parte — que deram sobrevida ao petista.
Dados da Quaest apontam que Lula oscilou no quesito rejeição dentro da margem de erro, de 62% a 64% de desaprovação. Enquanto Castro, postulante à reeleição ao governo do Rio, saltou de 43% para 53% de aprovação, conforme levantamento feito após a operação.
Dentro do Congresso, a Segurança Pública passou a ser o foco, com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança, o PL Antifacção e o PL Antiterrorismo — sendo dois de autoria do próprio governo — para conter a escalada criminosa.
Para Assis, o Governo Lula enviou as propostas de maneira tardia, visto que resta apenas mais um ano de mandato. Assim, somar-se-ão a problemas na economia, que, segundo ele, também têm afetado o bolso dos trabalhadores: “Se o cidadão hoje, que está indo ao supermercado, está vendo todo mês os preços aumentando, e nós não temos nada em relação ao Governo Federal para poder ter uma ação efetiva de intervenção econômica no Brasil.”
“Isso vai se potencializar daqui para o ano que vem, não tenham dúvida disso, porque eles pensam a todo instante em medidas populistas, e isso vai acontecer. Eles vão colocar medidas para dar gás, para dar leite, só que esse dinheiro sai de algum lugar. Não se iluda: não existe almoço grátis em economia. Se você tira daqui, vai ter que aumentar ali”, projetou.
Direita se organiza
Apesar do ex-presidente Jair Bolsonaro, ao menos por enquanto, fora da disputa, Assis afirma que segue sonhando com o “plano B de Bolsonaro”. Apesar disso, admite que as chances são remotas. “Hoje na nossa oposição, eu acho que ainda temos bons nomes aí. Tem o governador de São Paulo [Tarcísio de Freitas], tem o governador do Paraná [Ratinho Júnior], tem governador [de Goiáis, Ronaldo} Caiado, tem muitos nomes aí que podem estar congregando todo mundo numa grande frente aí para poder enfrentar o governo Lula”, acredita.
FONTE: RDNEWS
