domingo, novembro 16, 2025

Facções criminosas impõem riscos e dificultam ações de fiscalização em MT | RDNEWS

Jovem é sequestrado e torturado por membros do CV que

Relatórios da Polícia Federal apontam que integrantes de grupos criminosos organizados – como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) – passaram a interferir diretamente na atuação de servidores e equipes técnicas de Mato Grosso, responsáveis por fiscalizações e interrupção de serviços clandestinos – cenário semelhante ao registrado no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Pernambuco.

Documentos divulgados pelos repórteres Patrik Camporez e Sarah Teófilo, do jornal O Globo, citam um dos episódios mais críticos no estado, que ocorreu em Cuiabá, onde duas rádios clandestinas foram identificadas operando nas imediações da Penitenciária Central do Estado (PCE). 

Reprodução

Segundo os relatórios, “integrantes da facção estariam utilizando a rádio para se comunicar com presos, familiares e terceiros de fora”. A interrupção da atividade só foi possível após ordem judicial e atuação das forças de segurança, mesmo diante de ameaças dirigidas às equipes que realizaram a diligência.

Ao jornal O Globo, a Secretaria de Estado de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp-MT) afirmou que não há bairros no estado onde forças policiais estejam impedidas de entrar para rotinas de policiamento ou outras ações de segurança. Ainda assim, os documentos mostram que o risco à integridade de servidores tem provocado a suspensão de fiscalizações e a necessidade de apoio policial constante.

Contexto nacional

O material revelado pelo jornal indica que, em outros estados, a presença de facções como Comando Vermelho, o PCC e o Terceiro Comando Puro (TCP) já restringe atividades básicas, como inspeções trabalhistas e operações contra serviços ilegais de telefonia e internet.

No Rio de Janeiro, agentes federais e técnicos precisaram abandonar fiscalizações após alertas de alta probabilidade de confronto e bloqueio territorial por facções. Em São Paulo, toques de recolher impostos pelo PCC inviabilizaram operações rotineiras de reparo de equipamentos públicos. Em Pernambuco, equipes da Anatel relataram histórico de ameaças e tiveram diligências encerradas sem acesso às áreas dominadas.

FONTE: RDNEWS

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