O presidente Lula avisou a aliados, nos últimos dias, que não cederá à pressão do Senado e manterá sua decisão de indicar o advogado-geral da União, Jorge Messias, para o STF.
Ao longo da semana, senadores fizeram chegar ao Palácio do Planalto uma série de alertas de que Messias não teria hoje votos suficientes para aprovar sua indicação no Senado.
Um desses alertas, segundo lideranças do Senado, seria o placar apertado com o qual o procurador-geral da República, Paulo Gonet, aprovou sua recondução na Casa.
Alvo da direita após denunciar Jair Bolsonaro no inquérito do golpe, Gonet aprovou sua recondução por 45 votos a 26 — placar mais apertado da história de um PGR desde a redemocratização.
O nome preferido da cúpula do Senado hoje para o STF seria o de Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Lula, contudo, prefere que o senador seja seu candidato ao governo de Minas em 2026.
“Pode ser apertado. Pode demorar. Mas será Messias”, disse à coluna, sob reserva, um integrante do governo com trânsito no gabinete de Lula.
O que pensam os aliados de Messias
Como mostrou a coluna, aliados de Messias viram um lado “bom” no placar apertado enfrentado por Gonet. Para esse grupo, isso indicaria que o chefe da AGU pode ter até mais votos que o procurador.
“Isso foi bom, na verdade. Se o Gonet, que denunciou o Bolsonaro, foi aprovado, Messias também será”, disse à coluna um interlocutor do ministro.
Aliados de Messias ressaltam que ele deve ter mais votos que Gonet, porque contará com o apoio de senadores evangélicos — o escolhido de Lula para o STF é evangélico.
FONTE: Folha Max
