domingo, novembro 16, 2025

Nova espcie de peixe raro identificada em rio do Estado | FOLHAMAX

Nova espcie de peixe raro identificada em rio do Estado

 

Uma nova espécie de lambari (também conhecida como tetra) foi identificada na bacia do rio dos Peixes, afluente do rio Juruena, em Juara (709 km a médio-norte de Cuiabá). Batizada cientificamente de Inpaichthys luizae, a espécie se diferencia por uma faixa preta, que se estende da nadadeira peitoral até a cauda do peixe.

A nova espécie foi descrita em detalhes pelo pesquisador Fernando Dagosta, na Neotropical Ichthyology, publicação científica da Sociedade Brasileira de Ictiologia.

Segundo Dagosta, o lambari faz parte de uma família com mais de mil espécies, com diferenças nas cores, escamas, nadadeiras, entre outras características. O pesquisador explicou porque a faixa preta torna esta espécie única.

“Nenhuma dessas mil espécies possui essa faixa dessa forma. É uma faixa que é oblíqua em relação ao corpo e [ela] desce. Essa faixa preta tem uma listra brilhante, laranja, em cima, iridescente, e o peixe tem uma coloração nas nadadeiras bem laranja, que chama muita atenção”, destacou o ictiólogo, que também é professor-adjunto da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).

Dagosta destacou que esta é uma espécie “rara”, a qual “não existe a menor chance” de estar presente em outras localidades do país.

A identificação da Inpaichthys luizae foi feita, em um primeiro momento, por um pescador ornamental, surpreendido com a aparência do peixe. Um tipo desconhecido por ele até então.

Com a suspeita, o experiente pescador contatou Dagosta, um dos especialistas no estudo dos lambaris. O pesquisador recebeu dezenas de amostras de peixes e concluiu, de fato, que se tratava de uma nova espécie.

“Ele [o pescador] entrou em contato comigo, na verdade, em 2023, ele mostrou a foto para mim. Em 2024, ele mandou material, a primeira parte, depois agora, em 2025, mandou mais um pouquinho de material que tava faltando”, relatou.

O ictiólogo já catalogou mais de 30 espécies, mas esta descoberta teve um sabor especial. Isso porque, pela primeira vez, Dagosta decidiu homenagear uma pessoa na escolha do nome científico. A filha Luiza, de apenas 2 anos, agora está eternizada no nome do novo peixe.

FONTE: Folha Max

comando

DESTAQUES

RelacionadoPostagens