O governador Mauro Mendes (União Brasil) expôs, nesta segunda-feira (17), que possui baixa expectativa de receber valores vultuosos de países estrangeiros para a “proteção ambiental” e que, neste sentido, devido ao baixo investimento, tanto o estado mato-grossense como o Brasil não deveriam aceitar esmolas. Durante a COP 30, em Belém, o gestor já havia reclamado de promessas não cumpridas ao longo de quase 30 anos.
Maryelle Campos/RD News
Para ele, nas conferências climáticas, as promessas de financiamento de ações voltadas à preservação das florestas tropicais promovido por países desenvolvidos não têm sido condizente na prática ao injetar recursos ínfimos: “Não acredito que vai vir dinheiro relevante. Vai vir migalhas, como veio até hoje”.
“Essa grana que os países prometeram ao longo dos anos se tornou um fiasco. Nós já recebemos algum dinheirinho, mas é muito pouco. Claro que qualquer dinheiro que seja doado a Mato Grosso para fazer ação ambiental, nós vamos utilizá-lo bem. Entretanto, é muito pouco. Foi feito compromisso durante muitas COPs, que seria destinado US$ 100 bilhões por ano dos países ricos e desenvolvidos para os emergentes, para economias fazerem adaptações a essas novas regras. Esse dinheiro nunca aconteceu. Agora, esse dinheirinho pouco, essa esmolinha, Mato Grosso e nem o Brasil precisa”, disparou.
No entendimento do governador, existe um cenário repleto de incoerência dos países desenvolvidos, que continuam ampliando o uso de combustíveis fósseis e carvão, sem preocupação com os impactos ambientais. Em paralelo, criam entraves burocráticos que impedem o uso sustentável dos recursos naturais no país, sob uma “falsa alegação de defesa ambiental”.
Ele também é crítico à atuação de Organizações Não Governamentais (ONGs) que “atuam para travar” projetos de grande relevância para o Brasil – sob a ótica de defesa de interesses estrangeiros. Em Mato Grosso, existe o impasse da Ferrogrão, ferrovia de 933 km projetada para ligar Sinop a Miritituba, no Pará – mas que segue travada no Supremo Tribunal Federal (STF), sob a versão de que seria marco para o desmatamento.
FONTE: RDNEWS







