O presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Max Russi (PSB), não descarta a possibilidade de concessão de um reajuste salarial para os servidores do parlamento, desde que exista margem dentro do orçamento em 2026. Ele ponderou que está assegurado a Recomposição Geral Anual (RGA), baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é corrigido conforme a inflação.
Gil Gomes
Max avaliou que diante do pedido do Tribunal de Justiça (TJMT) para a concessão de reajuste de 6,8% de ganho real, que foi aprovado em segunda votação nesta quarta-feira (19), outras categorias devem reinvindicar o aprimoramento dos salários. Em entrevista antes da aprovação do pedido do TJMT, Max havia sido questionado se o parlamento também poderia seguir o mesmo caminho de valorização dos servidores: “Tem que ver a condição de caixa. Se tiver condição, não tem problema nenhum de ter [um reajuste]. Em janeiro já devemos ter a recomposição que todos os anos tem”.
Para o ano de 2026, as projeções de duodécimo para a Assembleia são de mais de R$ 1 bilhão. O presidente reforçou que atualmente o parlamento abre mão de receita para assegurar investimentos do Governo no estado, mas que nenhum parlamentar ou servidor tem ficado desamparado, seja de estrutura ou remuneração. Assim, se houvesse necessidade de ampliação do orçamento para reajuste ao servidores, haveria margem de negociação com o Executivo – embora o governador Mauro Mendes (União Brasil), seja contrário ao ganho real.
“Hoje a Assembleia não faz jus ao seu duodécimo. A Assembleia pela Constituição Federal teria pelo menos R$ 400 milhões a mais, mas não temos necessidade desse dinheiro dentro da Casa. As audiências públicas estão acontecendo, os nossos servidores estão ganhando recomposição todos os anos, o trabalho dos deputados estão acontendo, não tem ninguém reclamando de falta de estrutura e nós podemos abrir mão desse recurso para fazer investimento em infraestrtura e obras no estado. Havendo necessidade de melhorarmos, temos margem para buscar esse recurso”, comentou.
Segundo dados do Portal da Transparência da Assembleia, existem atualmente mais de 2,8 mil servidores comissionados ativos atuando no Legislativo. Ainda não há detalhes sobre o impacto financeiro que eventual concessão de reajuste nos mesmo molde do TJMT possa provocar.
FONTE: RDNEWS
