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O senador Jayme Campos (União) avalia que alguns políticos, de olho em 2026, estão aproveitando o momento delicado pelo qual o ex-presidente Jair Bolsonaro passa para tirar proveito pessoal da situação. Bolsonaro foi preso preventivamente neste sábado (22) após usar um ferro de solda para derreter parte da tornozeleira eletrônica que utilizava em razão da detenção domiciliar.
O ex-presidente alegou que o episódio foi motivado por um surto causado pela combinação de remédios. “Há muita gente que, infelizmente, está tentando ter proveito pessoal, não está sentindo coisa alguma. Em absoluto, posso afirmar aqui que tem gente tentando pegar o prestígio, o espólio do presidente Bolsonaro. Isso é muito ruim: o cara aproveitar a desgraça das pessoas para tentar ter proveito pessoal”, disparou o senador, ao ser questionado por jornalistas sobre falas de políticos como o pré-candidato ao Senado Antônio Galvan, que chegou a dizer que o Brasil estaria disposto a parar pelo capitão.
Sem papas na língua, Jayme reclama que a “maioria absoluta” das pessoas que estão usando esse tipo de discurso — sobre possível paralisação de caminhões, bloqueios em rodovias e mobilização do agronegócio — são “inescrupulosas”. “O país precisa de harmonia, precisa de pacificação, não de agitação, de interditar rodovias no Brasil. Isso, para mim, é coisa de pessoas inescrupulosas que querem apenas usurpar, evidentemente, o momento político do nosso país”, afirmou.
Por fim, o senador ressaltou ter respeito por Bolsonaro como ex-presidente da República e evitou opinar se o apoio dado ao capitão tem encolhido.
Prisão mantida
Nesta segunda-feira (27), os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começaram a julgar a manutenção ou não da prisão preventiva de Bolsonaro. No momento, já há maioria para referendar a detenção. Já votaram o relator, Alexandre de Moraes, e os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin.
Pessoas próximas afirmam que Bolsonaro permanece calmo e conversando normalmente, apesar do impacto político e jurídico do momento. Ele aguarda o desfecho dos embargos de declaração no processo das tramas golpistas, ação em que já foi condenado a 27 anos de prisão em regime fechado.
FONTE: RDNEWS
