O ex-senador Blairo Maggi (PP) disse ser contrário a sites de apostas online, que incluem cassinos virtuais e “jogo do tigrinho’.
A economia real de produção sofre com a fabricação de produtos alimentícios, porque caiu muito o consumo
Em 2006, Blairo foi relator do projeto de lei no Senado Federal que ampliaria o leque dos jogos de azar no Brasil, regulamentando o jogo do bicho, os bingos e os cassinos. O texto segue até hoje em análise do Congresso Nacional.
Blairo apontou que, desde quando foi senador até hoje, o País foi tomado pelos jogos de azar de forma online e citou malefícios do vício, em especial para a classe mais pobre.
“Jogos que estão no dia a dia que tiram bilhões e bilhões de reais das mãos, principalmente, dos mais necessitados que jogam na fé de ganhar algum dinheiro”, disse.
“A gente vê hoje a economia real de produção sofre com a fabricação de produtos alimentícios, porque caiu muito o consumo. Claro que os juros estão caros, mas as pessoas deixam de bastecer a sua dispensa para jogar – não sei se é tigrinho, que bicho que é. Virou vício”, completou.
Para o ex-senador o Congresso Nacional deveria reagir a implementação desses jogos, que tiveram o processo de legalidade iniciada no Governo Michel Temer (2016-2019).
“É uma coisa que, na minha avaliação, não deveria existir. E na minha avaliação o Congresso teria que reagir a esse tipo de situação”, afirmou.
Interesses contestados
Segundo o ex-senador, à época em relatou o projeto no Senado foi acusado de ter interesses na instalação de cassinos no Brasil, em especial no resort Malai Manso, que fica às margens do Lago Manso, em Chapada dos Guimarães (a 70km de Cuiabá).
O resort de luxo tem como presidente e representante legal, o filho de Blairo, o empresário André Maggi.
“Desde que eu relatei um projeto no Senado e aprovamos na comissão, quando chegou no plenário e ele foi retirado tem essa pecha de que eu estava fazendo aquilo por necessidade ou vontade de ter um cassino no Malai”, disse.
“Eu sempre falo: ‘Não acho que funciona. Pelo menos, conosco, não’”, completou.
A expeculação ocorria porque, conforme o projeto, Mato Grosso poderá ter apenas um cassino, a ser instalado dentro de um resort. Blairo afirmou que o local, pelo baixo fluxo de pessoas, não tem viabilidade econômica para ter um cassino.
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FONTE: MIDIA NEWS
