quinta-feira, dezembro 4, 2025

Moradores da região norte levam demandas de água e esgoto para compor novo Plano

Moradores da região norte levam demandas de água e esgoto

A terceira Oficina Participativa para revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), de Várzea Grande, reuniu na noite desta quarta-feira (3), moradores da região norte da cidade na Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) ‘Rita Auxiliadora’.

 

O encontro reforçou a importância da participação da comunidade na construção do novo plano que irá orientar investimentos e metas para água e esgoto pelos próximos anos.

 

Durante a apresentação técnica conduzida pela equipe da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), foram expostos os principais desafios atuais do Município.

 

Embora 97,6% da população esteja conectada à rede de abastecimento, Várzea Grande enfrenta perdas de 60% no sistema, reservatórios insuficientes e estações de tratamento de água que precisam de melhorias.

 

No esgotamento sanitário, a situação é ainda mais crítica: apenas 19,1% da população têm acesso à coleta e 16,6% ao tratamento de esgoto, revelando um déficit que chega a quase 50% do necessário.

 

“A etapa de escuta pública evidencia problemas que afetam diretamente o dia a dia dos moradores. Por isso é importante a participação da sociedade”, pontua a secretária de Assuntos Estratégico Ina de Maria.

 

A presidente do bairro Jardim Imperial, Jane Silva, por exemplo, relatou a intermitência no abastecimento de água, a ausência de esgotamento sanitário e a dificuldade enfrentada com o fornecimento ocorrendo majoritariamente à noite, prejudicando a rotina das famílias.

 

O presidente do bairro Mapim, José Alex Rodrigues Lira, apresentou demandas de vazamentos constantes, ruas sem esgoto e falta de asfalto. Segundo ele, em várias residências a água chega uma ou duas vezes por semana, o que compromete a saúde e a qualidade de vida dos moradores.

 

“As pessoas convivem com torneiras secas por dias. Quando a água chega, é insuficiente para atender as necessidades básicas”, afirmou.

 

A gestora e analista ambiental da Fipe, Letícia Campos, explicou aos moradores como essas contribuições serão usadas na revisão do PMSB. Ela destacou que todas as demandas — registradas por fala, formulários ou documentos — serão analisadas e incorporadas ao plano, servindo para: validar e complementar o diagnóstico, apontando falhas não mapeadas oficialmente, priorizar investimentos, direcionando recursos para os bairros mais afetados; estabelecer metas realistas, alinhadas ao cotidiano da população; criar programas de educação ambiental, conforme as necessidades identificadas; e, fortalecer o controle social, permitindo acompanhar a evolução dos serviços ao longo dos anos.

 

“A revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico, obrigatória por lei, permitirá que Várzea Grande acesse novos recursos federais, além de ajustar suas metas ao Marco Legal do Saneamento”, afirma Leticia Campos

 

As próximas oficinas ocorrerão hoje (04), na EMEB ‘Napoleão José da Costa’ (região oeste), e na sexta-feira (05/12), na EMEB Antônio Salústio (região sul), sempre às 18h30.

FONTE: MIDIA NEWS

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