Uma discussão que começou porque a mulher desativou o “azulzinho” relativo à confirmação de leitura do WhatsApp quase terminou em feminicídio em Cuiabá. Bêbado e com uma faca na cintura, um homem ameaçou matar a esposa e ainda quebrou o celular dela durante a briga na residência do casal, no bairro Jardim Vitória. A situação só não terminou em tragédia porque a Polícia Militar chegou a tempo e conteve o agressor.
Segundo o programa Cadeia Neles, da TV Vila Real, de quarta-feira (10), a vítima contou que o parceiro enlouqueceu ao perceber que as mensagens enviadas por ele não marcavam mais como visualizadas. Para o agressor, isso seria “prova” de traição e, na cabeça dele, lhe daria o “direito” de traí-la também. Após, ele tomou o celular dela, jogou no chão e ela precisou correr para o quarto onde estava o filho menor.
A filha mais velha disse que viu o homem armado com uma faca e dizendo que “não sairia da casa”. A PM foi acionada. O capitão Henrique, do Terceiro Batalhão, disse ao programa que a motivação absurda é parte do ciclo de violência que a vítima já enfrentava. “Ele viu que não tinha notificação no aparelho, que não estava ativado esse recurso, e aí disse que por conta disso poderia talvez até traí-la”, explicou o oficial.
Armado e dizendo que não aceitaria sair da residência, o agressor pulou o muro ao perceber a chegada da PM e ainda tentou resistir. “A guarnição teve que usar então uma arma de energia conduzida, a Taser, para imobilizá-lo”, afirmou o militar. O homem poderá responder por dano, ameaça e por tentativa de feminicídio. O caso é investigado pela Polícia Civil.
FONTE: Folha Max







