sexta-feira, dezembro 19, 2025

Servidores de VG criticam presidente da Câmara: “Total descaso”

Servidores de VG criticam presidente da Câmara: "Total descaso"

Servidores públicos concursados da Prefeitura de Várzea Grande divulgaram uma nota de repúdio contra o presidente da Câmara Municipal, Wanderley Cerqueira (MDB), após a Mesa Diretora decidir não pautar o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) ainda neste ano.

 

Ao virar as costas para o funcionalismo público, demonstra total descaso com a valorização dos servidores

A Câmara devolveu ao Executivo, às vésperas do recesso parlamentar, o projeto que prevê reajuste salarial ao funcionalismo, sob a justificativa de existência de falhas no texto.

 

No documento, o Sinvag (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Várzea Grande) manifesta “profunda indignação” e acusa o chefe do Legislativo de virar as costas para os servidores.

 

A entidade critica o que classifica como “inércia, omissão e silêncio” do presidente Wanderley Cerqueira diante de anos de espera por valorização da categoria.

 

Segundo a Prefeitura, a Câmara teve de setembro a dezembro para analisar a proposta na Lei Orçamentária Anual (LOA) e apontar eventuais inconsistências, prazo considerado suficiente para a apreciação do tema.

 

No entanto, os vereadores alegaram falhas apenas dois dias antes do início do recesso. “Essa atitude revela um afastamento injustificável do papel institucional que se espera de quem ocupa a presidência do Legislativo Municipal”, diz trecho da nota.

 

Diante da situação, a prefeita Flávia Moretti (PL) convocou uma reunião de urgência na manhã desta quinta-feira (17), em seu gabinete, após tomar conhecimento da articulação dos parlamentares. A gestora informou que irá solicitar a convocação de uma sessão extraordinária para que o tema seja incluído e votado na LOA de 2026.

 

Leia a nota de Repúdio na íntegra

 

Os servidores públicos concursados da área meio da Prefeitura de Várzea Grande vêm a público manifestar sua profunda indignação com a postura adotada pelo Presidente da Câmara Municipal, que, ao virar as costas para o funcionalismo público, demonstra total descaso com a valorização dos servidores que sustentam o funcionamento da máquina administrativa do município.

 

O Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) não é um favor, tampouco um privilégio. Trata-se de um direito legítimo, construído com base técnica, legal e orçamentária, amplamente debatido, devidamente instrumentalizado e regularmente protocolado nesta Casa de Leis. Ainda assim, o Presidente da Câmara opta pela inércia, pela omissão e pelo silêncio, ignorando anos de espera, diálogo e dedicação dos servidores concursados.

 

Essa atitude revela um afastamento injustificável do papel institucional que se espera de quem ocupa a presidência do Legislativo Municipal, cuja função primordial é representar a população e garantir o devido andamento das matérias de interesse coletivo — especialmente aquelas que tratam da dignidade, valorização e estabilidade do serviço público.

 

Em contrapartida, é imprescindível registrar e enaltecer a brilhante atuação do vereador Rogerinho Dakar, que, de forma coerente, responsável e comprometida com a justiça social, foi o único parlamentar que, se prontificou verdadeiramente a apoiar a luta dos servidores. Sua atuação não se limitou ao discurso: o vereador mobilizou colegas, colheu assinaturas e obteve o compromisso de vereadores para a realização de uma sessão extraordinária com o objetivo de viabilizar a votação do PCCS.

 

Os servidores não pedem privilégios. Exigem respeito, transparência e compromisso. Ignorar o PCCS é ignorar a própria estrutura administrativa de Várzea Grande. A história e a sociedade saberão distinguir quem esteve ao lado do servidor e quem escolheu virar as costas.

FONTE: MIDIA NEWS

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