Uma mulher de 45 anos, identificada como Arinalva Maria da Silva Soares, morreu na noite desta sexta-feira (19) após ser agredida pelo próprio marido, de 43 anos, dentro da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá. O caso é investigado pela Polícia Civil como o 53º feminicídio em Mato Grosso. Uma assistente social de 54 anos também ficou ferida ao tentar intervir na agressão. Vítima e suspeita são surdos-mudos.
De acordo com informações da Polícia Militar, a equipe foi acionada por volta de 18h50 após relatos de que um homem estava exaltado e dificultando o atendimento médico da esposa. No local, médicos e funcionários informaram que o casal possui deficiência auditiva e de fala (ambos são surdos-mudos) e já havia sido atendido outras vezes na unidade.
Segundo a médica responsável pelo atendimento, a vítima deu entrada na UPA em estado estável, apresentando sintomas de pneumonia. No entanto, em determinado momento, o suspeito, de 43 anos, passou a agir de forma evasiva e se recusou a colaborar com a equipe médica. Ele tentou retirar a esposa à força da unidade, puxando-a pelos braços para impedir a internação.
Durante a confusão, funcionários tentaram intervir. Em razão dos puxões, a vítima, que já estava debilitada, caiu ao chão. O suspeito se debruçou sobre ela, impedindo que os profissionais prestassem socorro. No momento em que a assistente social tentou retirar o homem de cima da vítima, ele desferiu um soco em seu rosto, causando lesão corporal.
Após a contenção do agressor, a mulher foi levada em estado grave para a sala vermelha, onde sofreu uma parada respiratória. A equipe médica realizou manobras de reanimação por aproximadamente 30 minutos, mas a vítima não resistiu e morreu na unidade de saúde.
O suspeito foi detido e encaminhado inicialmente ao Plantão de Atendimento à Vítima de Violência Doméstica. Posteriormente, por orientação da delegada plantonista, ele foi apresentado à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que ficará responsável pela investigação do caso.
FONTE: Folha Max







