domingo, agosto 24, 2025

Alta de 16,08% nos preços das roupas nos últimos 12 meses é a maior em 27 anos | Jornal da Globo

A inflação do setor de vestuário, nos cálculos do IPCA, acumulou uma alta de 16,08% no período entre maio de 2021 e maio deste ano. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio, é a maior inflação para um período de 12 meses nos últimos 27 anos.

“Isso não significa que as vendas de vestuário estejam bombando, estejam crescendo muito. De fato, não estão. Segmento tem crescido nos últimos meses, mas ainda se encontra num nível de faturamento cerca de 8% abaixo do período pré-pandemia”, conta Fábio Bentes, economista da CNC.

Em uma confecção de Belo Horizonte, as peças sofreram um reajuste de 30% no último ano.

“Agente está tentando buscar estratégias para que a gente passe o menor valor possível, que ele consiga comprar essa roupa, uma roupa de qualidade, uma roupa que tem um diferencial, com preço justo”, explica Rafael Paes Lemes, dono da confecção.

Quem gosta de andar na moda já constatou: comprar roupa está caro mesmo. A indústria do vestuário afirma que os preços dos insumos subiram demais e teve que repassar o aumento ao consumidor.

Aumento no custo da energia, frete, mão de obra e algodão foram alguns dos fatores que impactaram a produção.

Produção de algodão do oeste da Bahia é considerada uma das melhores do mundo. — Foto: TV Oeste

O quilo do algodão subiu 150% nos últimos dois anos. Reflexo da desvalorização do real frente ao dólar e da alta demanda pelo produto no mercado internacional.

No entanto, o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil, Fernando Pimentel, espera que, a partir de agora, os preços comecem a desacelerar.

“Tudo leva a crer que a pior pressão de aumento dos custos começou a se atenuar, o que consequentemente vai melhorar a capacidade das empresas de produzir e levar o seu produto ao mercado e, paulatinamente, a inflação do vestuário ela vai cedendo”, afirma ele.

FONTE: Lapada Lapada

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