A Comissão de Ética da Câmara Municipal de Cuiabá negou o pedido da defesa do vereador Marcrean Santos (MDB), que pedia nulidade do processo que responde por quebra de decoro parlamentar, ao ter invadido a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do antigo Pronto Socorro, provocar confusão no local e “enquadrar” um médico. O caso ocorreu em junho deste ano, mas tramita a passos lentos no Legislativo.
O presidente da Comissão, vereador Rodrigo Arruda e Sá (PSDB), informou nesta segunda-feira (4), durante reunião, que o processo está mantido. Marcrean sustenta que não cometeu nenhuma ilegalidade e que faltam documentos no processo, porém a Procuradoria da Câmara rechaçou.
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A defesa do emedebista foi protocolada no dia 15 de outubro. A convocação das testemunhas, como o médico Marcus Vinicius e o presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Diogo Leite Sampaio, responsável pela denúncia, e outas testemunhas, deve ser oficializada somente na quarta-feira (8).
O relator do caso é o vereador Wilson Kero Kero (PMB), responsável pela elaboração do relatório que pode pedir a cassação, advertência ou absolvição.
O caso
O parlamentar chegou na unidade de saúde fora do horário de visita e se desentendeu com o médico após, supostamente, invadir a UTI e colocar outros pacientes em situação de risco. Ele cobrava por esclarecimentos, porém, no momento, o médico não poderia atendê-lo.
Diante da negativa, Marcrean se sentiu ofendido e passou a tentar intimidar o médico, afirmando que acionaria o Secretário Municipal de Saúde, Deiver Teixeira, mas o médico se manteve firme mesmo em meio à confusão e procurou o CRM para denunciar a “carteirada” promovida dentro do seu ambiente de trabalho.
O parlamentar alega que não havia médicos da UTI e por isso teria adentrado ao local. Outra justificativa apresentada por ele é de que o médico estaria dormindo em sua sala, versão que é rechaçada.
FONTE: RDNEWS