segunda-feira, dezembro 2, 2024

Wellington sai em defesa de Bolsonaro e Valdemar e rejeita tese de trama golpista | RDNEWS

O senador Wellington Fagundes saiu em defesa dos correligionários, o ex-presidente da República Jair Bolsonaro e o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, indiciados pela Polícia Federal por abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa, crimes supostamente articulado após proclamação do resultado das urnas de 2022. A fala foi realizada durante entrevista ao .

Quando questionado sobre o indiciamento do presidente do PL por suposto envolvimento na trama, Wellington classificou como sendo um “absurdo” e expressou resistência ao inquérito: “Eu acho um absurdo, o presidente do maior partido do Brasil não pode conversar com o ex-presidente da República”.

Annie Souza/Rdnews

Senador Wellington Fagundes em entrevista ao Rdtv Cast e ao portal Rdnews

Senador Wellington Fagundes em entrevista ao portal Rdnews

Na avaliação do senador de Mato Grosso, se Bolsonaro quisesse dar um golpe após a derrota nas urnas, não abriria as portas do Governo para a equipe de transição do presidente eleito, à época, Lula (PT), seu adversário político e “representante da esquerda” – que sofria resistência popular.

“Eu não acredito, porque, olha, o Bolsonaro em nenhum momento fez qualquer gesto de não fazer a transição. Isso é detalhe importante. A transição, ela é algo fundamental na democracia […] Quer coisa mais forte do que isso? Eu não vi nenhuma manifestação dele como presidente da República [nesse sentido], e muitas vezes tivemos reuniões. Em momento algum ele demonstrou que não faria a transição”, iniciou.

Quando questionado se acredita que Bolsonaro teria participado do plano, ainda que indiretamente, Fagundes foi categórico ao dizer que sempre ouviu que o ex-presidente jogou limpo. O núcleo duro bolsonarista argumenta que a “minuta do golpe” possui embasamento na Constituição Federal. Entretanto, conforme o inquérito da PF, o alto comando do Exército teria se recusado a aderir ao plano de atentado à democracia apenas para satisfazer um candidato derrotado.

“O que eu ouvi dele é que [ele jogou] dentro das quatro linhas . Ele conversou com os assessores, teve tudo dentro das quatro linhas. Por exemplo: ‘Ah, tem um documento que estava lá’. Tem assinatura esse documento? Não […] O assessor me entrega o papel e eu coloco no bolso e vai para casa. Aí ele pôs no papel alguma coisa que não seja, digamos, correta, mas eu levei para casa, eu vou ver aquilo. Aí eu vou chamar ele e pergunto: ‘Por que você me entregou isso?’ E esse papel estava em casa. Eu sou conivente com esse papel? Não. Se alguém fez e entregou para ele alguma proposta, eu não vejo que isso é executar qualquer plano”, endossou.

Para Wellington, há claros sinais de perseguição do Supremo Tribunal Federal (STF) contra Bolsonaro. Ele ainda avaliou que está “virando moda” prender ex-presidentes, fazendo alusão à prisão de Lula no âmbito da Lava Jato, embora considere que se tratem de caso distintos: um por acusação de corrupção e outro, por tentativa de golpe. Ele argumentou que Bolsonaro nunca esteve envolvido em casos de corrupção.

“Claro que é [perseguição]. E está muito claro que querem fazer tudo para prender o presidente Bolsonaro. Isso parece que está virando mod. Como é que pode ter prendido o Lula, ficou lá um ano e tanto na cadeia e agora está dizendo que não, está sendo absolvido. Tanto é que foi candidato à presidência. Ficar na cadeia foi tudo errado por parte da Justiça? Isso deixa uma indignação na população […] O Lula foi acusado de corrupção. O Bolsonaro nunca teve ninguém acusando-o de nada de corrupção”, disparou.

“Está muito claro, o ministro Alexandre de Moraes tomou para ele a posição de acusador, de julgar tudo. Está muito claro e os constitucionalistas dizem que não é correto. Não é o que está previsto na nossa legislação”, emendou.

Além de Bolsonaro, foram indiciados os generais Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, o GSI; e Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa e candidato a vice na chapa que perdeu a eleição de 2022, e outros aliados próximos, que teriam participado da trama golpista.

FONTE: RDNEWS

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