sexta-feira, setembro 19, 2025

Vereador afastado por suposta ligação com facção CV escapa de cassação | RDNEWS

O vereador Paulo Henrique (MDB), afastado do cargo  pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) por indícios de ligação com a facção Comando Vermelho (CV), escapou da cassação  mesmo com  Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá tendo se  manifestado favorável à perda do mandato.  Ele chegou a ser preso no âmbito da   Operação Pubblicare, desdobramento da Operação Ragnatela.

Fernanda Escouto

Apesar do relatório, a Comissão de Ética agiu de maneira lenta e complacente, produzindo um relatório  que foi entregue ao presidente da Câmara, vereador Chico 2000 (PL), autodeclarado amigo de Paulo Henrique. Com o final da legislatura neste dia 31 de dezembro, o processo contra o vereador que não  foi reeleito perde objeto sem ter sido levado ao plenário que poderia deliberar pela cassação ou não do mandato. Assim, sua elegibilidade está mantida. 

Em diversas entrevistas, Chico alegou que possuía dúvidas sobre o relatório, visto que  Paulo Henrique  não havia apresentado sua defesa e estaria de impendido de comparecer à Câmara para se defender  devido à cautelares impostas pela Justiça.

Diante deste cenário de “desconfiança”, Chico remeteu o relatório à Procuradoria da Câmara para a emissão de um parecer técnico. No entanto, o documento não foi produzido  e consequentemente, o caso abafado.

Mesmo com fortes indícios e pedido de indiciamento de Paulo Henrique pelo Ministério Público Estadual (MPE)  por corrupção e organização criminosa, Chico tratou de “blindar” o amigo.

Segundo a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (Ficco/MT) Paulo Henrique seria responsável por atuar em benefício do grupo na interlocução com os agentes públicos, recebendo, em contrapartida, benefícios financeiros.

Fizeram parte da Comissão de Ética os vereadores Rodrigo Arruda e Sá (PSDB) como presidente, Wilson Kero Kero (PMB) como membro, e Kássio Coelho (Podemos), como o relator da processante.

No final, o processo “terminou em pizza”  e Paulo Henrique  encerra o mandato sem qualquer tipo de punição mesmo, supostamente, tendo usado o cargo para obter vantagens ilícitas e forte favorecimento ao CV.

FONTE: RDNEWS

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