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Presidente da Comissão Especial do BRT, Eduardo Magalhães (Republicanos), diz que buscará informações de forma detalhada sobre o projeto de implementação do BRT em Cuiabá. Parlamentar reclama que a população está “no escuro” e que, principalmente, os comerciantes estão preocupados com a possibilidade do modal passar na avenida Getúlio Vargas.
“Como que vai passar pela Getúlio? E outra situação é a Avenida CPA. Porque, se nós diminuirmos a calçada da Avenida do CPA, você diminui vaga de estacionamento. Já é um caos para estacionar. No passado a Avenida CPA tinha vaga de estacionamento próxima ao canteiro e isso acabou por causa do VLT”, lembra.
Ele pondera que, com a chegada do BRT, uma outra parte da calçada será retirada, o que ocasionará prejuízos aos empresários da região. “Vai ficar totalmente impossível você estacionar ali próximo ao McDonald’s? Você estacionar ali em frente ao Japidinho? Em frente à Smart Fit? Como é que vão ficar todos aqueles estabelecimentos? Então, é uma preocupação muito grande”, aponta.
Rodinei Crescêncio
Vereador Eduardo Magalhães preside Comissão na Cãmara que acompanha a execução das obras do BRT em Cuiabá
Diante do impasse, o vereador ressalta que segue se reunindo com representantes da CDL e também da Fecomércio e que busca informações junto ao governo e também ao consórcio BRT, que vinha tocando as obras – que foram paralisadas após o governo decidir rescindir o contrato em razão de constantes atrasos no cronograma estabelecido.
Outra preocupação, conforme o parlamentar, é em relação à forma como as obras foram paralisadas. Para ele, há risco de acidentes fatais, por isso, é necessário que se realize medidas em caráter emergencial. “Obra parou de uma forma tão irresponsável que nós vemos ali que, a qualquer momento, um cidadão de moto ou de carro vai bater num buraco e vai morrer. Como é que o cidadão para a obra e não se preocupa nem fazer uma sinalização decente ou chamar uma outra empresa de forma emergencial para pelo menos fechar o buraco que deixaram aberto lá”, reclama.Ele menciona como exemplo o trecho perto do edifício Queen Elizabeth, na avenida do CPA.
Comissão mista
Sobre a possibilidade da criação de uma comissão mista, com integrantes da Assembleia e das câmaras de Cuiabá e de Várzea Grande, Magalhães é favorável. Medida é defendida pelo deputado estadual Lúdio Cabral (PT).
Perguntado sobre a possibilidade de acordo bilateral entre Estado e o consórcio, vereador entende ser o melhor caminho para evitar a judicialização da obra, o que poderia implicar na sua paralisação por anos, tendo em vista que caberia vários recursos por parte do consórcio.
FONTE: RDNEWS