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Nataly Hellen Martins Pereira foi indiciada pelo assassinato brutal de Emelly Sena, 16 anos, que estava grávida de 9 meses. Nataly confessou que teria agido sozinha no plano de atrair e matar Emelly. Ela foi indiciada pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado pelo motivo torpe, emprego de asfixia, meio insidioso ou cruel, com traição e dissimulação – recurso que impossibilitou a defesa da vítima e com a finalidade de assegurar a subtração de recém-nascido; além de ocultação de cadáver e por registrar como próprio um parto alheio e uso de documento falso.
Agora o caso será remetido ao Ministério Público Estadual, a quem cabe fazer a denúncia ou até mesmo solicitar novas diligências.
Conforme a Politec, Nataly, que confessou o crime, teria arrancado a filha de Emelly do ventre, quando ela ainda estava viva. Jovem morreu após perder todo o sangue e foi enterrada em uma cova rasa no fundo da casa de parentes de Nataly.
O delegado responsável pelo inquérito policial, Michael Mendes Paes, destacou que em relação aos outros supostos envolvidos (o marido, o irmão e um amigo da autora), foi instaurado inquérito policial complementar para apurar a possível participação deles nos crimes. No dia da descoberta do crime, os três foram conduzidos, ouvidos e liberados, uma vez que não havia elementos contra eles para lavratura do flagrante.
“As investigações seguem em andamento para apurar se eles teriam ou não auxiliado a autora de alguma forma, em algum momento dos crimes praticados por ela, assim como para individualização das possíveis condutas praticadas”, disse o delegado.
No final de semana, familiares e amigos fizeram um protesto no Parque das Águas clamando por Justiça. Atualmente, Nataly está presa, em cela isolada, na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May.
O caso
Emelly Azevedo Sena desapareceu no dia 11 de março, por volta das 12h, após sair de casa, no bairro Eldorado, em Várzea Grande e avisar a família que estava indo para Cuiabá buscar doações de roupas de bebê. O celular parou de funcionar e a família saiu em procura dela, realizando um boletim de ocorrência às 22h.
Na quarta-feira (12) à noite, Nataly e o marido dão entrada no hospital com uma bebê, alegando que o parto teria sido realizado na residência. A equipe médica desconfiou do caso, pois a mulher não tinha indícios de puerpério. Exames apontaram que a mulher não esteve grávida recentemente e que a criança seria de outra mãe.
Na quinta-feira (13) pela manhã, o corpo de Emelly foi encontrado em uma cova rasa, com pernas e braços amarrados, asfixiada com um fio no pescoço e um corte de faca na barriga, sem o bebê.
Na investigação, a Polícia Civil descobriu que a bebê que estava com Nataly era a filha da adolescente. Quatro suspeitos foram conduzidos, entre eles o marido de Nataly, mas os três foram liberados, tendo permanecido presa apenas a mulher. A investigação aponta que Emelly ainda estava viva quando teve o bebê arrancado do ventre. Os cortes foram precisos e certeiro no útero, não tendo atingido outros órgãos.
FONTE: RDNEWS