Embora reconheça a existência de melhora significativa nas contas da Prefeitura de Cuiabá, o prefeito Abilio Brunini (PL), descartou de vez a possibilidade de antecipar o fim do decreto de calamidade financeira publicado logo no início da gestão, em janeiro deste ano. Ele chegou a cogitar uma antecipação, frente à economia de R$ 138 milhões em contratos, contudo, nesta sexta-feira (9), sinalizou que o decreto seguirá até 3 de julho.
Alair Ribeiro
A medida inicial foi necessária devido à dificuldade financeira que o município se encontrava, tendo dívida estimada em quase R$ 2 bilhões. Com corte de gastos, a Prefeitura ganhou fôlego e conseguiu renegociar contratos: “O prazo para ele ser concluso é o dia 3 de julho. Porque a gente vai seguir com ele, porque nós não vamos esbanjar os recursos”, disse.
“Até o meio do ano vamos manter a segurança de conter recursos. Já passamos de R$ 128 milhões de economia e devemos chegar até R$ 180 milhões. E é um remédio, você não pode parar de tomar só porque parou o sintoma, às vezes [tem que continuar tomando], senão volta tudo. Esse remédio precisa ter mais uns dias para que a gente possa consolidar essa situação”, emendou o prefeito.
Abilio ressalta que está conseguindo colocar a “casa em ordem”. Ele tem sido alvo de críticas por abriR mão de receitas, como a revogação da cobrança da taxa de lixo, que a partir do fim do decreto de calamidade será custeadas apenas pelos grandes geradores e Prefeitura.
O ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), até ingressou com uma ação, na Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular de Cuiabá, com pedido de liminar, para suspender o Decreto de Calamidade Financeira, alegando suposta “perseguição político-partidária”. Contudo, a reclamação feita não foi aceita.
FONTE: RDNEWS