terça-feira, julho 8, 2025

Mauro apoia taxação de super ricos, mas vê reajuste do IOF danoso ao trabalhador | RDNEWS

O governador Mauro Mendes (União Brasil)  defendeu que os “super ricos” precisam contribuir mais com o país, desde que o Governo Federal aplique corretamente os recursos e inicie um duro ajuste fiscal, que passa justamente pelo corte de gastos. Contudo, sinalizou que a proposta de reajuste da alíquota do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) deixará a classe trabalhadora mais vulnerável.

“Tem que ter nesse país uma maior contribuição de quem mais pode contribuir. Acho que se tem gente super rica por aí, ele pode sim contribuir, tem que contribuir mais com o país. Quando eu entrei no governo, de alguma forma, eu coloquei os produtores para pagar mais, só que eu apliquei corretamente o dinheiro. Hoje,  o que revolta muita gente do país, não é só pagar mais imposto, é não ver o dinheiro dos impostos voltando adequadamente”, iniciou o governador, em conversa com a imprensa nessa segunda-feira (07).

Mayke Toscano

Membros do Governo Federal defendem o reajuste do IOF como instrumento para fazer “justiça social”, pois os milionários e bilionários vivem de lucros e dividendos empresariais que não são tributados e resistem às tentativas de reorganização fiscal do país. O tema colocou o presidente da República  Lula (PT) em rota de colisão com o Congresso Nacional, deixando a relação desgastada, principalmente, por recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Já integrantes da oposição destacam que o Governo Federal só pensa em arrecadar, sem aplicar uma contrapartida, ou seja, cortar gastos. Neste cenário, Mauro Mendes relembrou o duro ajuste adotado por ele quando assumiu o Estado em 2019: “O governo tem que, além de cobrar mais impostos, taxando os super ricos, ele tem que cortar a despesa. Essa história de cortar a despesa, cortar a despesa, cortar a despesa, está sendo falado e efetivamente nada foi apresentado”.

Guerra do IOF

A decisão do Congresso de derrubar o aumento do IOF implementado por Lula, por meio de decreto presidencial, foi suspensa por determinação do STF, assim como a nova alíquota, até que seja realizada uma audiência de conciliação. Mauro Mendes rechaçou a criação de impostos que não revertam em algo prático para a sociedade e citou efeitos para a classe trabalhadora.

“Eu sou contra o aumento de qualquer imposto, porque isso tem um efeito pernicioso, vai ser um efeito danoso no crédito, vai gerar efeito no dia a dia de todas as operações de crédito feitas no país pelo próprio trabalhador, pelas pessoas simples. Quando elas forem comprar alguma coisa à prestação, vai pagar um IOF maior. Então ele tem um efeito que eu acho que é muito ruim na economia”, concluiu.

FONTE: RDNEWS

comando

DESTAQUES

RelacionadoPostagens