Imagens chocantes mostram o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves praticamente irreconhecível após passar 8 meses preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, e na Penitenciária Federal de Brasília, a “Papuda”, alvo da Operação Sisamnes. O lobista, apontado como intermediador de um esquema de venda de sentenças judiciais em Mato Grosso, perdeu muito peso, aparecendo em um estado esquelético.
De acordo com o portal de notícias Metrópoles, a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou favorável à concessão da prisão domiciliar de Andreson após avaliação médica apontar que o lobista corre risco de vida. Desse modo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin concedeu o pedido.
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O lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, segundo imagens divuilgadas pelo Metrópolies
Foram vários os apelos feitos pela defesa do lobista. No entanto, a transferência só foi autorizada após manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), segundo o UOL.
Na época da transferência de Andreson para a Papuda, a PGR opinou a favor e a defesa do empresário foi contra, alegando que a mudança para um sistema mais rigoroso, defendeu que ele fosse para prisão domiciliar devido a sua saúde e comparou a mudança a uma forma de “tortura” para tentar obter uma delação premiada. O ministro Zanin, entretanto, rejeitou o pedido e acolheu a manifestação da PGR para mandá-lo a um presídio federal.
Em fevereiro deste ano, Andreson já havia pedido ao juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, acesso a uma alimentação especial na PCE. A defesa do empresário usou como justificativa a cirurgia bariátrica feita por ele em 2020.
Além deste, houve vários pedidos para prisão domiciliar em razão da sua saúde. O Supremo Tribunal Federal (STF) havia negado todos os pedidos da defesa de Andreson até agora. Ao todo, foram quatro decisões contra os pedidos de soltura ou transferência de prisão.
Operação Sisamnes
A Operação Sisamnes, deflagrada em novembro de 2024, levou à prisão de diversos investigados por envolvimento em uma organização criminosa que atuava na venda de decisões judiciais em processos milionários.
Após sua prisão, a defesa de Andreson vinha alegando condições de saúde debilitadas, chegando a dizer que o lobista estaria passando fome em sua cela, além de alegarem ausência de condenação definitiva como argumentos para a concessão da prisão domiciliar.
Com a nova decisão do STF, o lobista deverá cumprir medidas cautelares enquanto aguarda o andamento do processo.
FONTE: RDNEWS