Rodinei Crescêncio/Rdnews
Pré-candidato ao Senado, o deputado federal José Medeiros (PL) defende o nome do federal Eduardo Bolsonaro (PL) como plano B à Presidência da República caso o pai dele, Jair Bolsonaro (PL) seja de fato condenado no processo por tentativa de golpe de Estado.
“Eduardo é muito preparado, tem a compreensão de geopolítica, da política global, é muito preparado. Agora a pergunta é: do jeito que está indo, nós teremos uma eleição ou nós teremos uma cópia da Venezuela?”, dispara Medeiros, durante visita à sede do , onde concedeu entrevista ao portal e também ao Rdtv Cast.
Eduardo, atualmente, está fora do cargo de deputado federal e mora nos Estados Unidos, onde lidera articulações para que o governo Donald Trump tome medidas para pressionar o Supremo a não condenar o pai.
Ele teria sido um dos influenciadores de retalhações como a taxação de 50% sobre a exportação dos produtos brasileiros. Trump, inclusive, citou o que classifica como perseguição de Bolsonaro ao impor o tarifaço. Questionado se Eduardo pesou a mão, Medeiros acredita que não e ressalta que a culpa das sanções são “obra e graça” apenas do presidente Lula (PT) e do ministro do Supremo Alexandre de Moraes, que nesta semana decretou a prisão domiciliar do ex-presidente. “Não, ele [Eduardo] fez o que tem que fazer, ele fez o que tem que fazer, pediu ajuda ao Congresso Norte-Americano para que houvesse sanções ao ministro [Moraes], e a gente chegou a esse ponto, criminalizando uma parte da população brasileira que pensa diferente”, opina.
Outros presidenciáveis
Perguntado sobre outros presidenciáveis, que são cotados como eventuais sucessores de Bolsonaro, Medeiros se mostra contrário a escalar o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) para a missão. Ele justifica que dessa forma a direita correria o risco de “entregar” um estado estratégico para o grupo do presidente Lula (PT), que deve buscar à reeleição.
“Tarcísio está num Estado que é muito importante para qualquer estratégia política. São Paulo, hoje se o Tarcísio sair, nós vamos entregar São Paulo na mão do PT, ou vai ser o [Fernando] Haddad ou vai ser o [Geraldo] Alckmin, aí nós vamos ganhar a presidência da República e perder São Paulo, não faz muito sentido se a gente tem outros candidatos que são competitivos”, opina.
Nesta linha, ele menciona como opções os governadores Ratinho Júnior (PSD), do Paraná; Ronaldo Caiado (União), de Goiás e Romeu Zema (NOVO), de Minas Gerais. Perguntado se Michelle Bolsonaro se junta ao grupo de opções, ele diz que sim. “Michele tem um ranqueamento eleitoral muito forte. Então são todos os candidatos de direita aí que estão talhados para serem candidatos. Agora, nesse momento, eu penso que nós temos que lutar pela reabilitação do Bolsonaro, e essa situação que a gente vê, que está caminhando, eu sinto que caminha para criminalizar e poder inabilitar o máximo de nomes competitivos possíveis”.
FONTE: RDNEWS