O vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) expôs, nesta sexta-feira (17), que compartilha do pensamento do prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), sobre a possibilidade de união de projetos da direita em uma única candidatura para a disputa ao Governo de Mato Grosso nas eleições de 2026. Nos últimos meses, Abilio se aproximou de Pivetta e tem visto o republicano com bons olhos para a disputa, embora o PL tenha o senador Wellington Fagundes (PL) como possível nome ao Palácio Paiaguás.
AssessoriaALMT
Questionado sobre a situação, Pivetta relembrou que o PL participou do arco de alianças em favor do governador Mauro Mendes (União Brasil), que garantiu sua reeleição. O PL, em contrapartida, reelegeu Wellington ao Senado. Sendo assim, uma possível reedição da aliança não é descartada. Ele pontua que a união pode ser articulada entre as principais lideranças do bloco para que não ocorra uma divisão de votos.
“Eu acho que pode ser [um projeto só], tudo é possível. Nós estamos a um ano da eleição, temos um tempo grande aí pela frente. O Governo continua em ritmo acelerado, trabalho, serviços, obras. Eu acredito muito que a gente possa reproduzir essa aliança que reelegeu o Mauro em 2022. E esse Governo tem prestigiado muito os gestores de todos os partidos”, comentou Pivetta.
Além de Abilio, Pivetta tem tido a simpatia de outros dois prefeitos do PL, Cláudio Ferreira e Flávia Moretti, de Rondonópolis e Várzea Grande, grandes polos de votos. Sobre a “sintonia”, Pivetta creditou aos trabalhos executados pelo Governo do Estado, com investimentos vultuosos, sem qualquer relação partidária. Outro elemento recente que pode render frutos a Pivetta é a aproximação mais intensa com os simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), devido a sua ida a Marcha da Anistia em Brasília, a convite da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
“É um trabalho com lealdade aos interesses do povo mato-grossense, porque os prefeitos foram eleitos, são autoridades eleitas pelo povo, e nós fomos eleitos pelo povo também. Então, cabe a nós trabalhar alinhado com os gestores municipais para fazer o recurso público render o máximo possível”, emendou.
Contudo, o cenário não parece nada concreto, uma vez que o presidente do PL em Mato Grosso, Ananias Filho, rejeita qualquer possibilidade de ceder a outros projetos, devido à “força” do partido no estado. Além disso, embora Mauro apoie Pivetta, lideranças do União Brasil querem um projeto próprio, sem abertura de espaço para o Republicanos, que seguiu com a vice-governadoria por dois mandatos.
FONTE: RDNEWS