quinta-feira, novembro 6, 2025

CRM apura envolvimento de médicos em esquema de superfaturamento de cirurgias | RDNEWS

CRM apura envolvimento de médicos em esquema de superfaturamento de

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) apura o envolvimento de médicos em um esquema criminoso criado para direcionar contratações e aquisições de equipamentos médicos custeados com recursos públicos, investigado pela Polícia Civil na Operação Fio de Aço, deflagrada nessa terça-feira (04). A entidade solicitou informações à PJC, que podem resultar na instauração de sindicância e abertura de um Processo Ético-Disciplinar.

“O ofício encaminhado visa esclarecer a existência ou não de médicos entre os investigados e quais os documentos que embasam a investigação”, diz trecho da nota encaminhada pelo CRM-MT.

Assessoria

As investigações da PJC apontam que o esquema simulava valores superfaturados de procedimentos médicos custeados com recursos públicos e direcionava a contratação de empresas fantasmas. Apesar dos orçamentos distintos, as empresas investigadas estão ligadas a um mesmo grupo de pessoas. 

A investigação teve início após denúncia do Centro Judiciário de Solução de Conflito e Cidadania da Saúde Pública (Cejusc) que detectou os super preços. O modo de operação do grupo entrava em cena quando pacientes recorriam ao Estado para custeio, principalmente, de cirurgias. 

Para isso, é realizado um orçamento entre diferentes empresas para analisar o custo. Nesse momento, o grupo criminoso criava vários registros de CNPJ, com endereços falsos, vinculado ao mesmo escritório de contabilidade e com números ligados à mesma família. Os valores falsamente simulados e elevados para garantir que o superfaturamento e a garantia de vitória na licitação. 

Conforme a PJC, o prejuízo aos cofres públicos já somam R$ 388.650, mas pode ultrapassar a casa dos milhões. Parte das empresas investigadas estão ligadas ao empresário Anderson Leôncio de Oliveira Araújo, dono da Contactmed Assistência Medcar, apontado como líder da fraude e contava com ajuda da esposa e do filho. Além dele, há outros nomes de dois médicos urologistas e outras empresas.

Chamada de Operação Fio de Aço, a ação é conduzida pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor). No início da semana, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão nas sedes das empresas alvo da operação, bem como nos endereços dos investigados, que devem entregar seus passaportes e estão proibidos de manter contato entre si, com testemunhas e servidores públicos das esferas federal, estadual ou municipal. 

FONTE: RDNEWS

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