O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), pregou a unidade entre os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e considerou que a troca de farpas entre o governador Mauro Mendes (União Brasil) e o deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está “exilado” nos Estados Unidos, não deve ganhar mais nenhum novo capítulo. Aliás, acredita que Mauro também não deve perder o apoio de Bolsonaro na corrida por uma das duas vagas ao Senado nas eleições de 2026, em uma dobradinha com o federal, José Medeiros (PL), cotado à senatoria.
Erlan Aquino
Segundo Abilio, talvez Mauro estivesse de “cabeça quente” quando atacou Eduardo, situação que deveria ser repensada. Outro ponto levantado pelo prefeito é de que o grupo deve ter a plena ciência de que as alianças geram benefícios mútuos, ou seja, concorrer sozinho poderia gerar prejuízo para ambos os lados: “Não acho que seja tão simples assim [perder o apoio do Bolsonaro]”.
“Agora, se [Mauro] quiser se afastar da direita, é só continuar nesse caminho. Se quiser, tipo, ir para o centro ou buscar o centro-esquerda, é só continuar brigando, que aí sim vai para um caminho muito ruim. Agora, nós ainda estamos numa fase que é bom deixar quieta essa discussão, acalmar essa situação toda, entender que nós temos muito mais coisas em comum do que coisas que divergem”, pontuou.
O prefeito defende o esquecimento do atrito entre a dupla, contudo, se mostrou mais favorável a Eduardo, que teria sido “atacado injustamente” e apenas rebatido Mauro – que havia saído em defesa do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
“Eu acho que ele cometeu uma fala infeliz, o Mauro, contra o Eduardo, no momento que ele não tinha necessidade de fazer o posicionamento sobre isso. O Eduardo, todo mundo conhece. O Eduardo, ele não tem curva. Se ele é atacado, ele rebate. E ele rebate com a linha dele”, disse ele, sem avaliar se houve desproporcionalidade da parte do filho de Bolsonaro.
Uma ala do PL e outra do União Brasil em Mato Grosso defendem a reedição da dobradinha que ocorreu em 2022, quando os dois partidos tiveram êxito com a reeleição do senador Wellington Fagundes (PL) e do governador Mauro Mendes – tudo com a benção de Bolsonaro, em um estado que se simpatiza pelo ex-presidente.
FONTE: RDNEWS







