O vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta (Republicanos) recebeu o apoio do PL nacional para sua candidatura ao governo do estado em 2026. O apoio foi manifestado enquanto o senador Wellington Fagundes (PL), que também pretende disputar o cargo, aguardava a “bênção” do seu partido. A informação foi divulgada pela Folha de S. Paulo nesta quinta-feira (20) e deve render discussões nos bastidores da política local.
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A decisão compartilhada entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, surge em meio a disputa no campo da direita em Mato Grosso para definir um nome que irá representar a ala no pleito de 2026. O apoio pode render novas divisões na direita mato-grossense.
O republicano deve assumir o cargo em abril, com o apoio de Mauro Mendes, que deve sair para o Senado e passar o posto para seu vice. O senador Wellington Fagundes disse que manterá de pé sua candidatura e que pesquisas eleitorais recentes mostram vantagem em relação a Pivetta.
Mesmo o senador pontuando bem nas intenções de voto, aparecendo até em 1º lugar em algumas pesquisas, Pivetta não o teme no embate eleitoral. Como já publicado pelo Blog do Romilson, Pivetta tem dito nos bastidores que o cenário eleitoral que se desenha para o Palácio Paiaguás é o melhor possível, com Wellington Fagundes como seu principal adversário nas urnas. Ele avalia que, enquanto tem conceito e experiência de bom gestor e irá disputar o Executivo com a máquina nas mãos e apoiado por um grupo forte, liderado por Mauro Mendes, Wellington é visto com desconfiança pela direita e pelo eleitorado quando se busca cargo no Executivo, tanto que perdeu duas vezes para prefeito de Rondonópolis (2000 e 2004) e também para governador (2018).
A preocupação é se, por acaso, Wellington desistir porque, nesse caso, abriria espaço para surgimento de uma nova candidatura mais forte pela oposição, o que colocaria em risco o seu projeto de reeleição.
Erro de principiante
Um erro de principiante já havia estremecido a relação de Wellington com o PL local recentemente, quando o político experiente desagradou prefeitos da legenda liberal das maiores cidades mato-grossenses.
Ao invés de tentar construir aliança com MDB da nora Janaina Riva dialogando com as bases e com lideranças regionais, Wellington buscou empurrar a coligação de cima para baixo, ou seja, a partir de articulação com a cúpula nacional.
A reação contrária foi imediata, visto que os prefeitos do PL de Cuiabá, Abílio Brunini; de Várzea Grande, Flávia Moretti; de Rondonópolis, Cláudio Ferreira; e de Primavera do Leste, Sérgio Machnic, tiveram emedebistas como principais adversários no ano passado, daí a resistência em se aliar ao MDB. Desde então passaram a jogar contra o projeto majoritário de Wellington, preferindo que o PL se alie ao União de Mauro Mendes e ao Republicanos de Pivetta.
FONTE: RDNEWS
