Foi presa nesta quinta-feira (27), uma advogada apontada como porta-voz e articuladora do líder de uma facção criminosa que atua na Bahia e em outros quatro estados. Segundo a Polícia Civil da Bahia, a suspeita foi localizada no bairro de São Caetano, em Salvador, com uma quantia de R$ 190 mil em espécie e uma máquina de contar dinheiro.
A prisão integra a Operação Rainha do Sul, deflagrada pelo Departamento Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) para desmontar o núcleo estratégico de uma organização envolvida em tráfico de drogas, extorsão, lavagem de dinheiro e ataques armados. No total, a ação resultou em 15 prisões e no cumprimento de 25 mandados de busca e apreensão na Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo.
A mulher identificada como Poliane França Gomes mantinha relacionamento com o chefe do grupo criminoso — preso na Penitenciária de Serrinha, cidade localizada a cerca de 190 km da capital baiana. A investigação aponta que ela era responsável por transmitir ordens do líder da facção, reorganizar territórios, cobrar dívidas e manter a comunicação entre presos e integrantes que atuavam nas ruas.
Outros alvos da operação incluem responsáveis pela contabilidade do tráfico, gerentes territoriais em regiões como Feira de Santana, Lauro de Freitas, Camaçari e Salvador, além de operadores ligados ao transporte e armazenamento de drogas e armas.
Durante a operação, foram apreendidas joias de ouro avaliadas em cerca de R$ 1 milhão, um revólver calibre .357, celulares, documentos, aparelhos eletrônicos, porções de maconha e cocaína, balança de precisão, cartões de crédito e uma placa veicular. Também foram bloqueados bens e investimentos ligados a 26 CPFs e CNPJs — incluindo sete veículos, uma moto aquática, um haras avaliado em aproximadamente R$ 3 milhões e uma usina de energia solar. O valor total bloqueado pode ultrapassar R$ 100 milhões.
A atuação integrada envolveu 220 policiais civis de unidades especializadas, núcleos de inteligência e equipes territoriais, além de mobilizar departamentos de combate ao crime organizado, à corrupção e à lavagem de dinheiro, além de forças policiais de Pernambuco, Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo.
A Polícia Civil afirma que a prioridade é asfixiar financeiramente a facção e atingir diretamente a estrutura de comando que sustentava a atuação interestadual do grupo.
A CNN tenta contato com a defesa de Poliane França Gomes.
FONTE: Folha Max







