terça-feira, dezembro 2, 2025

TJ aponta “risco” e nega soltar acusado de golpes imobiliários

TJ aponta “risco” e nega soltar acusado de golpes imobiliários

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso negou soltar Claudiomiro Uliano Júnior, acusado de integrar um grupo criminoso de Cuiabá, que teria movimentado mais de R$ 1 milhão em golpes financeiros baseados em falsos anúncios de venda de imóveis pelo país.

 

Tais circunstâncias evidenciam risco de que a eventual concessão de liberdade ao paciente possa favorecer a continuidade das atividades ilícitas

A decisão é assinada pela desembargadora Juanita Cruz da Silva Clait Duarte, que destacou que a liberdade do investigado poderia favorecer a continuidade das fraudes.

 

Claudiomiro está preso desde o dia 13 de junho. Além dele, também são acusados de integrar o grupo sua esposa, Juliane Vitória Cruz Braga, o falso corretor de imóveis Lucas Gabriel Uliano e a ex-mulher dele, Ayla Tamires Soares Cruz.

 

A defesa de Claudiomiro apresentou habas corpus sustentando que a prisão não apresenta fundamentação individualizada, alegando ainda que algumas vítimas foram ressarcidas.

 

Também argumentou que Claudiomiro é primário, não possui antecedentes, que os crimes não envolveram violência ou grave ameaça e que ele não exercia posição de liderança na organização.

 

Diante disso, pediu a revogação da prisão preventiva e a aplicação de medidas cautelares alternativas.

 

A desembargadora, porém, rejeitou o pedido, afirmando que o investigado permaneceu foragido desde a expedição do mandado de prisão, “o que evidenciaria sua intenção de frustrar a aplicação da lei penal”.

 

Ela também ressaltou que investigações recentes apontam que o grupo seguiu em atividade, com novos relatos de vítimas ainda em 2025.

 

“Tais circunstâncias evidenciam risco de que a eventual concessão de liberdade ao paciente possa favorecer a continuidade das atividades ilícitas, com potencial prejuízo a inúmeros consumidores, além de comprometer a credibilidade das instituições públicas responsáveis pela repressão penal”, afirmou a magistrada.

 

O golpe

 

De acordo com a Polícia Civil, o grupo atuava em Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Amapá e Santa Catarina.

 

Eles divulgavam anúncios falsos nas redes sociais, afirmando ser representantes da Caixa Econômica Federal ou de empresas do setor imobiliário.

 

As vítimas, interessadas na compra dos imóveis, entravam em contato com os suspeitos, assinavam contratos e entregavam valores como suposta entrada em financiamentos.

 

Em vez de concluir a venda, os golpistas ficavam com o dinheiro e ainda usavam os dados pessoais das vítimas para contratar consórcios em seus nomes.

 

Leia mais:

 

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FONTE: MIDIA NEWS

comando

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