O Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) prorrogou por mais um ano um inquérito que apura supostos desvios de R$ 720 mil na saúde de Cuiabá. As investigações originaram a operação “Oráculo”, da Polícia Judiciária Civil (PJC), na gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (PSD).
A sessão de julgamento do CSMP ocorreu em plenário virtual que se encerrou no dia 19 de novembro de 2025 e atendeu ao pedido do relator do inquérito civil, o procurador Marcelo Ferra de Carvalho. “À unanimidade, acordam em referendar a decisão do relator, que deferiu o pedido de dilação do prazo por mais 01 ano, a contar da data do vencimento do prazo, para a conclusão do presente inquérito civil”, diz a publicação.
Segundo as investigações a Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP) realizou dois processos de pagamento, sem licitação, com a finalidade de simular a contratação de uma empresa de consultoria de tecnologia de informação que não teria prestado os serviços devidos, embora tenha recebido para tanto. O principal alvo é a empresa Dinâmica Serviços de Tecnologia e Consultoria.
Análises feitas pela delegacia especializada apontam que os processos de pagamento foram feitos em caráter indenizatório, de modo direcionado, sem prévia licitação e com apresentação de apenas um orçamento. As circunstâncias retiraram da administração pública a possibilidade de fazer a contratação mais vantajosa, diante da falta de competição entre empresas diferentes.
Em 2023, a empresa de tecnologia de informação se transformou em uma construtora. No mesmo ano, uma outra empresa, que vendia lubrificantes, peças e acessórios para veículos mudou suas atividades para o ramo de tecnologia da informação e assumiu o nome utilizado pela empresa que recebeu valores da saúde cuiabana.
FONTE: Folha Max
