sábado, agosto 2, 2025

Homem descobre que alrgico ao prprio orgasmo durante sexo

 

Após ter sido diagnosticado com uma espécie de alergia ao próprio orgasmo, um paciente conseguiu ver seu quadro clínico evoluir após ser submetido a um tratamento com anti-histamínico. Atualmente, não existe um tratamento único conhecido eficaz para a doença, mas, segundo estudo publicado no portal PubMed, vários relatos de casos sugerem que a dessensibilização, a terapia hormonal e outras modalidades de tratamento podem ser úteis. Todos os procedimentos, no entanto, são de natureza experimental e não foram avaliados em ensaios controlados por placebo, segundo os pesquisadores.

Os estudos tiveram início em 2018, quando um homem de 27 anos foi obrigado a se submeter a uma abstinência sexual após receber um diagnóstico preliminar da doença, que ainda não havia sido identificada. O paciente, que não teve seu nome nem seu país de origem revelado, tinha sintomas de gripe toda vez que ejaculava. Os médicos acreditam que a condição tenha começado há pelo menos uma década, quando ele tinha entre 17 e 18 anos.

Apesar de ser algo totalmente estranho e pouco noticiado até hoje, ele não está sozinho. Após a divulgação do caso, os especialistas que coordenam o estudo encontraram ao menos outros 60 homens que convivem com a condição, que passou a ser chamada de síndrome da doença pós-orgástica (POIS, sigla em inglês).

Os médicos acreditam que a ação ocorre como uma resposta alérgica, ou autoimune, do próprio corpo ao esperma. Os sintomas nos homens são: febre, tosse, espirros, fraqueza muscular, além de problemas de fala, concentração e memória, podendo continuar entre dois dias e uma semana após a ejaculação, dizem os médicos.

Um dos autores do estudo, Andrew Shanholtzer, disse que, por ser algo novo, muitos homens podem viver com essa condição e não serem diagnosticados corretamente. Ainda não se sabe a verdadeira causa da doença.

O pesquisador, no entanto, afirma que o problema pode começar depois de uma infecção ou de uma lesão nos testículos, que acabam levando a um vazamento microscópico de esperma para a corrente sanguínea, à qual o corpo monta uma resposta.

— Existem células especiais chamadas células de Sertoli que nutrem e cercam os espermatozoides e os mantêm isolados das células imunes. Quando essas células são danificadas, o esperma é exposto ao sistema imunológico pela primeira vez, e ele, treinado para atacar qualquer substância estranha que encontrar, acomete o esperma como se fosse um vírus ou bactéria estranha — disse Shanholtzer.

A equipe, que escreveu o caso sobre o paciente na revista médica Urology Case Reports, acredita que, com a divulgação do caso, mais homens pelo mundo possam ter um diagnóstico correto e se tratar da doença.

FONTE: Folha Max

comando

DESTAQUES

RelacionadoPostagens