sexta-feira, março 14, 2025

Taques se livra de mais um inqurito que investigou caixa 2 em campanha

 

O juiz eleitoral da 51⁰ Zona Eleitoral de Cuiabá, Francisco Alexandre Ferreira Mendes Neto, arquivou mais uma inquérito envolvendo o ex-governador Pedro Taques em um suposto esquema de caixa 2 durante a campanha de 2014. O caso envolvia o empresário Fernando Minosso, que segundo o delator Alan Malouf, teria dado R$ 850 mil via caixa 2 em troca de assumir a Casa Civil da gestão Taques.  

O magistrado seguiu o entendimento da Polícia Federal que não encontrou indícios de que de fato o crime de Caixa 2 ocorreu. 

“Nessa medida, dos fatos inicialmente narrados e não confirmados em razão de inexistência nos autos de elementos que justifiquem o oferecimento de denúncia, o arquivamento é a medida correta a se tomar, devendo restar consignado, contudo, que todo arquivamento por falta de provas não obsta a retomada das apurações caso estas surjam em momento futuro. Posto isso, ausentes os elementos indiciários da tipicidade da conduta, acolho a pretensão formulada homologo a promoção de arquivamento dos autos do inquérito, com as ressalvas do art. 18 do Código de Processo Penal”, diz trecho da decisão dessa quinta-feira (13).
Esse já é o quinto inquérito contra Pedro Taques que foi arquivado. 

O caso

Em sua delação homologada em 2018 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Alan Malouf afirmou que Fernando Minosso, proprietário de um Posto em Várzea Grande, fez parte do chamado “núcleo duro” desde o início da campanha de 2014, ajudando com doações em dinheiro e combustível, juntamente com o grupo que também seria composto pelos empresários Alan Malouf (dono do Buffet Leila Malouf), Marcelo Maluf (sócio da construtora São Benedito), Erivelton Gasques (dono da antiga City Lar) e Juliano Bortoloto (dono da loja Todimo). 

Relata o delator que por volta de setembro ou outubro de 2014, esse grupo se reuniu com o então candidato Pedro Taques em um apartamento, em São Paulo, para falar sobre o possível governo. “Sentamos numa mesa e decidimos que nenhum de nós queríamos ser políticos ou assumir uma cadeira, exceto Fernando Minosso, e solicitamos ao Pedro, já que nós fomos o ‘braço direito’ dele na campanha, que cedesse essa cadeira pra Casa Civil”, afirma Alan. 

Após a eleição, Pedro Taques já na condição de vencedor ainda não anunciava quem seria seu chefe da Casa Civil. “Talvez na cabeça do Pedro já tivesse sido escolhido, mas ele não abriu pra nós como seria montado o staff”, disse Malouf. “Foi no momento que nós perguntamos pro Pedro: ‘Pedro, o Fernando vai ou não vai fazer parte da Casa Civil?’. Ele falou: Não, não vai porque ele não serve para ser chefe da Casa Civil”, complementou. 

Paulo Taques então foi anunciado para a função. Por sua vez, Fernando Minosso, foi o mais “chateado” do grupo de empresários ao se ver deixado de lado. Dessa forma, ele saiu do “núcleo duro” de doadores de campanha e em fevereiro de 2015 cobrou de volta o dinheiro que havia investido na campanha. 

Segundo Malouf foram devolvidos em duas vezes, a primeira parte de R$ 420 mil pelos demais empresários amigos de Alan Malouf e R$ 400 mil por Paulo Taques, a pedido do governador.

FONTE: Folha Max

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