quarta-feira, setembro 10, 2025

TRF solta bolsonaristas presos por atos golpistas em MT e impõe cautelares

 

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) revogou a prisão preventiva do produtor rural e empresário Olair Correia, de 41 anos, suspeito de atear fogo em um caminhão em meio às manifestações bolsonaristas em Sinop (500 km de Cuiabá), no final de novembro.

A decisão foi da 4ª Turma do TRF-1 em sessão virtual realizada nesta terça-feira (13), que tinha como relator o desembargador César Jatahy. Na mesma apreciação também foi determinada a soltura do delegado suplente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) desde 2021, Vilso Gabriel Brancalione, 25 anos, e os dois amigos, numa espécie de “carona”, o que no meio jurídico é chamado de Leadingcase, quando fica reconhecida a existência de repercussão geral da matéria. 

O trio furtou uma borracharia às margens da BR-163, em Nova Mutum, a 269 km de Cuiabá, para incendiar pontos da estrada e na ocasião ainda trocaram tiros com a polícia.

O recurso foi apresentado pelos advogados Bruno Balata e Akio Sasaki Maluf Sasaki, e avaliado em seu mérito. Por unanimidade, os desembargadores optaram por não colocar tornozeleira nos réus, com a cautelar de apenas não participarem de manifestações pelas quais foram presos. Ele ainda deve comparecer periodicamente na ao Fórum de Justiça de Sinop para justificar suas atividades, e está proibido de manter contato com outros investigados, bem como se ausentar da comarca de Sinop sem avisar à Justiça.

A defesa alegou no pedido de habeas corpus de Olair, que todas as provas para a prisão do empresário são inválidas, alegando ainda que o homem foi submetido a tortura policial.

Para a defesa, a ação policial teve o objetivo de “achar um culpado” para os atos antidemocráticos, que vinham ocorrendo no estado, por manifestantes bolsonaristas, que não aceitam a vitória do presidente eleito Luis Inácio Lula da Silva (PT) e a derrota de Jair Bolsonaro, e que o flagrante que culminou a na prisão de Olair foi duvidoso.

“Ainda, segundo o advogado, havia a necessidade em encontrar um culpado para a situação toda “e quem melhor do que alguém que pediu pix durante os protestos pacíficos? O melhor culpado será sempre aquele que puxa a bandeira, assim como já fora realizado por diversas vezes durante a década de 70 e 80 durante a “Intervenção Militar pela Família e pela Honra”. Com a escalada dos movimentos, o Sr. Olair retornou ao seu labor empresarial e deixou a ocupação, sendo que na data em que foi preso ainda havia manifestantes realizando os bloqueios e este não mais estava ligado aos atos antidemocráticos, ou seja, sequer há flagrante delito naquela data”, afirmou.

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Trio preso em Nova Mutum por cometer atos de vandalismo em manifestações antidemocráticas

Bruno e Akio também fazem a defesa de Danilo José Ribeiro de Souza Pinto, 27, foi preso junto com Olair e também responde pelos mesmos crimes. No entanto, a defesa ainda deve ingressar com um pedido de HC em prol do clinte nos próximos dias. 

FONTE: Folha Max

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