O ex-vereador Juca Lemos (PV) e o advogado Carlos Naves (PV) registraram um boletim de ocorrências nesta segunda-feira (19), após terem sido ameaçados por bolsonaristas em Rondonópolis (212 km de Cuiabá). O episódio se deu após os dois terem retirado uma faixa estendida em frente ao Casário, patrimônio público localizado na região central da cidade, com a frase “Lula na Cadeia” assinada por “apoiadores do Bolsonaro”.
De acordo com as vítimas, a faixa foi colocada de maneira irregular na tarde do último sábado (17), sem autorização da Prefeitura de Rondonópolis. Por volta das 22h, o ex-parlamentar acompanhado do advogado foi até o local e ao constatar que a faixa ainda estava pendurada resolveu retirá-la.
“Me senti na obrigação de servidor público, com o perigo da demora sendo nociva a sociedade e por isso retiramos a faixa para ser entregue oportunamente para as autoridades competentes”, diz trecho do B.O.
Um vídeo da ação foi gravado pelos dois e entregue à Polícia Civil. Ocorre que após a ação, áudios com ameaças chegaram ao conhecimento da dupla, com diversas ameaças feitas através de um grupo de WhatsApp chamado “Unidos pelo Brasil” e “Unidos da Advocacia”.
“Eles podem arrancar todas, mas uma coisa eles sabem, o Lula é ladrão, foi ladrão, e será sempre ladrão. E o pior, que vão roubar muito mais com a conivência dele, Juca Lemos, Carlos Nave e tantos outros aí. Porque eles estão defendo tanto assim? Porque com certeza vão morder juntos, com certeza uma migalha vai sobrar pra eles”, diz um homem sem ser identificado.
Em outro áudio uma pessoa diz que quem avistar a dupla pela rua deve dar uma surra. “Esse tal de Juca Lemos e Carlos Nave, já identifiquei os dois, tem que o pessoal pegar eles na rua, pegar fio de telefone dobrar e dar no lombo dos dois. Dar uma coça nesses dois vagabundos, fazer eles defecar e mijar na roupa, o recado tá dado. Quem achar Juca Lemos e Carlos Nave é para chegar a “motamba” não é pra ter dó não, é pra bater igual bate em cachorro. Mandei o recado aí”, diz outro identificado como Ilmar Sales Miranda.
A Prefeitura da cidade deve emitir registrar uma notícia-crime contra o ato de depredação e o caso de ameaça será investigado pela Polícia Civil.
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FONTE: Folha Max








