Sem professores, crianças e adolescentes estão sem aulas em cidade na BA

Moradores de Ilhéus reclamam que, um mês após início do ano letivo, profissionais ainda não foram contratados. Rede municipal de ensino de Ilhéus tem falta de professores
Diversos alunos da rede municipal de Ilhéus, no sul da Bahia, estão sem aulas por causa da falta de professores. De acordo com a Secretaria de Educação do município, 51% das unidades de ensino estão funcionando e a prefeitura espera apenas os trâmites legais para formalizar a contratação de novos educadores.
Apesar das aulas terem começado oficialmente no dia 13 de fevereiro, algumas turmas estão sem o quadro completo de professores e outras funcionam com rodízio. De acordo com algumas mães, diversas crianças ainda não tiveram aula neste ano.
“O município não está cumprindo com sua obrigação. É um dever do município garantir uma escola de qualidade para as crianças”, disse a dona de casa Charliane Silva, mãe de um dos alunos da Escola Municipal Paulo Freire.
Uma das escolas municipais sem o quadro de aulas completo em Ilhéus
Reprodução TV Santa Cruz
Para ela, a questão da contratação dos profissionais deveria ter sido feita em dezembro, quando as aulas de 2022 foram finalizadas. Já segundo a secretária de Educação do município, Eliane Oliveira, as contratações não foram feitas anteriormente porque a pasta precisou analisar os documentos dos candidatos e fazer um levantamento de quantos pediram aposentadoria ou afastamento.
“É um processo complicado. O resultado já foi publicado e estamos esperando os trâmites legais para, a partir de segunda-feira, iniciarmos as contratações”, disse a secretária.
Segundo ela, a partir de segunda-feira (13), as contratações dos professores devem ser iniciadas. Além deles, outros funcionários serão contratados, como merendeiras, por exemplo.
Alunos são liberados mais cedo ou não podem ir para a escola por falta de professores
Reprodução TV Santa Cruz
Enquanto isso, mães como Patrícia Santos afirmam que precisam deixar de trabalhar para cuidar dos filhos, que estão sem aulas.
“O recado que recebo da escola é que não há previsão de retorno. Eu estou sobrevivendo do trabalho do meu marido e do Bolsa Família, porque como eu vou trabalhar se preciso cuidar dele? Foi para isso que o coloquei na creche”, desabafou.
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FONTE: Lapada Lapada