domingo, dezembro 21, 2025

WF chama operação de “grotesca”: “Senado deve tomar providência”

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O senador Wellington Fagundes (PL) classificou como “grotesca” a operação da Polícia Federal, nesta quarta-feira (3), que cumpriu mandado de busca e apreensão em endereço do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de prisão contra os ex-assessores Mauro Cid e Max Guilherme.

 

Bolsonaro foi alvo de uma operação no âmbito do inquérito das milícias digitais, que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal), sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

 

Neste caso, a investigação é sobre uma suposta “associação criminosa constituída para a prática dos crimes de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde.” A suspeita é de que registros de vacinação de Bolsonaro, Cid e da filha mais nova do ex-presidente, Laura, foram forjados.

 

Segundo Wellington, não há razão para se cumprir um mandado de busca por conta de um “atestado de vacinação”. Ele pediu respeito ao ex-presidente.

 

“Estupefatos estamos. Até pelo motivo, um atestado de vacinação. Não vemos motivo nenhuma para uma operação tão grotesca, porque afinal de contas trata-se deum presidente da República e todo presidente tem que ser respeitado pela autoridade que exerceu”, disse o senador em conversa com a imprensa, nesta quarta.

 

Estupefatos estamos. Até pelo motivo, um atestado de vacinação. Não vemos motivo nenhuma para uma operação tão grotesca

Fagundes afirmou que reunirá o bloco ao qual pertence no Senado para discutir atitudes a serem tomadas. Para ele, o Congresso Nacional deve “agir” diante da operação determinada pelo ministro do STF.

 

“Para a estabilidade da democracia, excesso é sempre perigoso. Como líder do bloco Vanguarda, hoje de manha conversamos, e acho que o Senado terá que tomar algumas providências, porque o abuso está acontecendo”, afirmou.

 

“Temos que discutir institucionalmente a posição do Congresso Nacional, porque não é só o Senado”, acrescentou.

 

Suspeição de Moraes

 

Wellington, entretanto, evitou tecer críticas diretas ao ministro Alexandre de Moraes.

 

Mas citou outros casos que na visão dele ultrapassam os limites da legalidade. Como a prisão do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, preso no dia 14 de janeiro por suposta omissão nos atos do 8 de Janeiro.

 

“Não é questão de suspeição, nós precisamos de esclarecimentos. Temos o Anderson Torres preso há mais de 100 dias. Isso para nós já é uma tortura. E juridicamente isso representa um abuso. O prazo máximo é 95 dias. É a lei. E um preso que não tem nenhuma condenação”, disse.

 

“E tudo isso deixa a todos assoberbados. Sem saber como tocar […] Estamos cobrando para que os limites sejam muito bem observados e que isso seja sempre fruto de um diálogo. Não pode um poder ultrapassar o outro”, completou.

 

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FONTE: Midia News

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